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Ousadia e violência marcam ataques a banco em 2015

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11 de fevereiro 2016

OCORRÊNCIAS BASE DE LONDRINA 2015/2016

Ano

Assaltos a banco cons. ou não

Explosões
de caixas eletrônicos

Saidinha
de banco

Outros

Total

2015

5

11

1

2*

19

2016

2

1

1

 

4**

* Furto de malote na agência; assalto carro forte na agência
** Registros feitos até 11/02/2016

Parecendo uma novela sem fim, os assaltos a banco registrados na base territorial do Sindicato de Londrina se sucedem ano a ano, revelando muita ousadia e violência das quadrilhas especializadas neste tipo de crime e até mesmo de bandidos audaciosos, que não medem riscos para pegar muito dinheiro.

Foi assim nas 19 ocorrências policiais envolvendo o setor financeiro na Região em 2015. Destas, cinco foram assaltos consumados ou não, 11 dizem respeito a explosões de caixas eletrônicos e as demais relacionadas ao chamado crime de “saidinha de banco”, no qual são roubados malotes de clientes.

O com maior repercussão foi o assalto ocorrido no dia 5 de março do ano passado na agência do Itaú localizada na Rua Guaporé. Três homens armados renderam o gerente e funcionários ainda fora do prédio, invadiram o banco e mantiveram sob a mira de armas vigilantes, demais bancários e clientes.

A ação durou cerca de 40 minutos e só foi encerrada, sem nenhuma vítima ferida, após a intervenção da Polícia Militar. Acuados, os bandidos se entregaram.

As explosões de caixas eletrônicos também tiveram destaque em 2015. Vários equipamentos que estavam em supermercados foram atacados, além daqueles que ficavam em PABs (Postos de Atendimento Bancário) e em agências.

Para Luciano Moretto, diretor do Sindicato de Londrina, já passou a hora dos bancos tomarem iniciativas novas para inibir os ataques dos assaltantes. “Enquanto os assaltantes vivem inovando a formas de agir, os bancos mantém os mesmos esquemas que estão em vigor há vários anos, deixando de ampliar os investimentos para garantir maior segurança e proteção aos bancários, bancárias, vigilantes e todos os que utilizam suas unidades”, avalia.

Ele cita como exemplos dessa fragilidade as últimas ocorrências de 2015, como o arrombamento de agências bancárias em Tamarana com uma máquina retroescavadeira, e os ataques registrados neste início de 2016. “Todos poderiam ter sido evitados se fossem adotados sistemas mais eficazes”, defende.

Na opinião de Luciano, é preciso adotar novos mecanismos, como a instalação de vidros blindados nas fachadas das agências, a colocação de portas com detector de metais antes do hall de atendimento eletrônico, contratar mais vigilantes, deixar as chaves das agências em posse de empresas de segurança, entre outras propostas defendidas pela categoria.

Por Armando Duarte Jr.