Integrantes da COE Bradesco se reuniram ontem (10/04), em São Paulo, para preparar a negociação com o banco

A COE (Comissão de Organização dos Empregados) se reuniu hoje (11/04), na Cidade de Deus, em Osasco, com representantes do Bradesco, para as negociações específicas dos funcionários e funcionárias. Ontem, os dirigentes sindicais participaram de reunião preparatória para os debates com o banco.

Ana Claudia Ribeiro, diretora do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE, afirma que na oportunidade foram obtidas conquistas significativas junto ao banco.

“Conseguimos garantir que o bancário e a bancária tenham liberdade para utilizar o Vale Alimentação e Vale Refeição da forma como melhor lhes convier. Além disso, os casais homoafetivos terão direito à Licença-maternidade, o que assegura estabilidade para este segmento na formação de sua família”, relata.

Conversão dos Vales

Em relação aos Vales, a negociação com o Bradesco estabeleceu que poderá ser feita a conversão dos valores do VA e do VR a partir de setembro deste ano. Os funcionários poderão transferir valores entre os cartões, incluindo a 13ª Alimentação. “A única restrição é que os cartões não sejam zerados, pois assim podem ser considerados inativos”, explica Ana Claudia.

A transição de valores será feita por meio do SAP do portal do banco, até o dia 10 de todo mês.

Licença-maternidade para casais homoafetivos

Na reunião entre a COE e o Bradesco também foi definido o direito à Licença-maternidade nos casos de adoção para casais homoafetivos.

Os dirigentes sindicais conseguiram junto ao banco a extensão do direito à Licença-maternidade para a adoção e a estabilidade para parceiros do mesmo sexo. Ou seja, será concedido para um dos parceiros do casal homoafetivo a Licença-maternidade de 120 dias ou 180 dias, conforme opção do trabalhador ou da trabalhadora.

Também foi reivindicada a Licença-paternidade para o casal homoafetivo. O banco disse que vai avaliar este assunto.

Parcelamento do adiantamento do salário de férias

A Comissão de Organização dos Empregados insistiu sobre o parcelamento do adiantamento do salário de férias. Sem avanço, esta pauta continua em negociação. Será discutida na próxima reunião.

Demissões

Outro importante ponto abordado na reunião entre a COE e o Bradesco foi a manutenção dos empregos. Os dirigentes sindicais cobraram do banco explicações sobre aumento do número de demissões. Em 2015 foram demitidos 2.613 funcionários e em 2016 o número de cortes subiu para 3.121. Não bastasse isso, no primeiro trimestre de 2017 cerca de 1.200 bancários e bancárias foram demitidos.

“Insistimos para a suspensão desse processo de cortes de postos de trabalho como forma de impedir o aumento da sobrecarga de serviços e melhorar as condições para que os bancários e bancárias executem suas atividades”, defende Ana Claudia Ribeiro.

 Fonte: Contraf-CUT