MST doa 7,5 toneladas de alimentos para famílias carentes de Londrina

11 de abril 2020
Neste sábado de Aleluia (11/04), às vésperas da Páscoa, bairros do entorno das Paróquias do São Lourenço e União da Vitória II receberam cerca 7,5 toneladas de alimentos vindos diretamente do Assentamento Eli Vive, localizado em Lerroville, Distrito de Londrina.
Mandioca, batata doce, banana, abacate e uma dezena de variedades de grãos, legumes e frutas foram enviados pelo Assentamento Eli Vive, criado oficialmente em 2011, com 501 famílias de agricultores e agricultoras integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra).
Ação de solidariedade do MST ocorre em todo o Brasil, como forma de ajudar a popular urbana que já sofre os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
As doações favoreceram cerca de 500 famílias moradoras dos Franciscato e União da Vitória, na Zona Sul de Londrina, e distribuição dos alimentos foi feita pelo MST, em conjunto com o CDH (Centro de Direitos Humanos) e outras entidades.
Contribua com as famílias carentes
Além desta ação de solidariedade do MST, o CDH está desenvolvendo uma campanha de coleta de doações em toda a cidade para serem destinadas às comunidades carentes de Londrina.
A partir de segunda-feira (13/04), alimentos não perecíveis, materiais de limpeza e de higiene pessoal, roupas e calçados poderão ser deixados no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná, localizado à Rua Paulo Kawassaki, 36, próxima da Avenida Maringá.
Para quem tem dificuldades em se deslocar ou está em isolamento é possível colaborar entrando em contato com Carlos Enrique Santana, do CDH, pelo telefone (43) 99136-4425, que as doações serão coletadas em sua residência.
Ações de solidariedade em todo o Estado
A exemplo do que tem ocorrido em vários estados brasileiros, os acampamentos e assentamentos do MST no Paraná estão realizando doações de alimentos em todas as regiões. Na terça-feira (7), 5 toneladas de alimentos orgânicos foram doadas pelos acampamentos Maria Rosa do Contestado e Padre Roque Zimmermann, em Castro, e pré-assentamento Emiliano Zapata, em Ponta Grossa.
Em Castro, 3 toneladas de alimentos foram doadas a cinco CRAS (Centros de Referência de Assistência Social). Já em Ponta Grossa, 2 toneladas de produtos foram destinadas ao Banco de Alimentos do SOS (Serviço de Obras Sociais), da Prefeitura Municipal.
Nesta sexta-feira (10), comunidades do Oeste do Paraná também organizaram a arrecadação de 2 toneladas de alimentos para doar aos povos indígenas da etnia Guarani, moradores de reservas da região.
Além de comida, a Copavi (Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória), localizada no assentamento do MST Santa Maria, em Paranacity (PR), doou 60 litros de álcool 70% para o Hospital Municipal Doutor Santiago Sagrado Begga, na última quinta-feira (2). O álcool será usado pelos profissionais de Saúde do município, que já está em quarentena há cerca de 15 dias.
No Paraná, 10 mil famílias vivem em 70 acampamentos do MST e cerca de 25 deles enfrentam o risco do despejo. O estado tem 24 mil famílias assentadas, que moram em 369 assentamentos da reforma agrária.
Fonte: MST