Lucro do primeiro trimestre ficou em R$ 3 bilhões

11 de maio 2018
O balanço do Banco do Brasil referente ao primeiro trimestre de 2018 apontou um lucro líquido de R$ 3 bilhões, que representa crescimento de 20,3% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Este resultado é decorrente do aumento das rendas de tarifas, pela redução das despesas de provisão de devedores duvidosos e das despesas administrativas. Em contrapartida, o banco reduziu 1.983 postos de trabalho nos últimos 12 meses e chegou a 97.981 trabalhadores. Além de ter reduzido 270 agências no período, chegando a 4.159 em março de 2018.
As despesas de intermediação financeira tiveram forte queda de 31% em relação ao mesmo período de 2017, com destaque para as despesas de captação com recuo de 44% e as provisões para devedores duvidosos que caíram 18%;
Já as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 5,4%, chegando a R$ 6,5 bilhões apenas nos primeiros três meses de 2018. Com essa receita, o BB cobre 125% do total de sua despesa de pessoal incluindo PLR, ou em outras palavras o banco paga o toda a despesa com funcionários e ainda sobra R$ 1,3 bilhão.
Entre janeiro e abril de 2018, as despesas de pessoal do BB apresentaram queda de 2,6% em relação ao mesmo trimestre de 2017. A taxa de inadimplência chegou a 3,65% no primeiro trimestre de 2018, com queda de 0,24 p.p. em relação ao mesmo período de 2017.
Com redução de 6,3% no ano, a carteira de crédito ampliada PJ foi influenciada pelo decréscimo de R$ 8,7 bilhões nas operações de capital de giro (7,4%), investimentos em R$ 3,8 bilhões e crédito imobiliário (R$ 2,5 bilhões).
A carteira PF orgânica, por sua vez, cresceu 3,0% em 12 meses, fruto do desempenho positivo em crédito consignado (R$ 5,1 bilhões) e da alta de 6,8% do financiamento imobiliário (R$ 2,9 bilhões).
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, o lucro de R$ 3 bilhões em apenas três meses é fruto do esforço de milhares de funcionários que deveriam ser muito mais valorizados pelo banco.
“Não apenas na melhoria da PLR, mas também em salários e na valorização das funções. Esse lucro mostra que o BB tem condições de aportar mais dinheiro na Cassi e não jogar a conta nas costas dos trabalhadores”, salienta.
Fonte: Contraf-CUT