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Em meio ao desmonte, Banco do Brasil aumenta número de Vice-presidências

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11 de maio 2021

O Banco do Brasil divulgou na segunda-feira (10/05) um Comunicado ao Mercado informando que pretende alterar a sua estrutura organizacional e cindir a Vice-presidência de Agronegócios e Governo em duas vice-presidências, para ter uma Vice-Presidência que tenha dedicação exclusiva para o agronegócio, que é um dos pilares de atuação do banco.

Para o diretor do Sindicato de Londrina, Laurito Porto de Lira Filho, a história pode não ser bem essa, já que no dia 4 de maio deste ano a Secretária do Tesouro Nacional enviou oficio as instituições financeiras suspendendo as contratações de operações pelo Plano Safra 20/21. O BNDES com isso emitiu o Aviso SUP/ADIG Nº 13/2021 informando a suspensão das contratações de crédito de operações do Plano Safra 20/21.

“Para o Plano Safra 21/22, os cortes para o Pronaf chegam a 40% em relação ao ano anterior. Este é o principal programa destinado ao suprimento de alimentos para a população brasileira”, explica Laurito, lembrando que outras linhas de crédito existentes, como o Pronampe, que atende a médios e grandes produtores também sofreram diminuição nos recursos.

Será mesmo para atender as exigências do mercado?

O diretor do Sindicato de Londrina afirma que o governo vem retirando o papel do Banco do Brasil em todos os mercados que atua, como o MPE (Movimento de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), crédito agrícola e comercio exterior. “Interessante é que o banco vem diminuindo sua estrutura operacional e ao mesmo tempo os cargos no alto escalão estão aumentando. Só com os programas de incentivo para a saída de funcionários e de adequação de quadros o Banco do Brasil cortou mais de 5.000 postos de trabalho e fechou mais de 600 agências. Será realmente est um movimento para reposicionar o banco no mercado ou o estão tirando do jogo?”, questiona Laurito.