Os representantes do banco informaram que vai voltar a cobrança do Plano de Saúde dos aposentados com os valores anteriormente praticados pelo HSBC. Referente à previdência, os benificiários poderão optar por sacar o valor; manter congelado da forma que está, sem contribuir; manter o plano e continuar contribuindo individualmente; iniciar a concessão da complementariedade, caso os critérios estejam preenchidos ou aportar os valores para uma conta individual e voluntária, além da adesão a qualquer tempo da previdência dos funcionários do Bradesco 5x4.

Em relação ao Auxílio-educação, o Bradesco voltou atrás na decisão de interromper o benefício em dezembro, e vai continuar com o subsídio até o final do curso de quem já está matriculado. Outra questão que atende a minuta de reivindicações é a implementação de um sistema que permita o bancário a transacionar valores entre o VR e VA e vice versa.

A COE também conquistou junto ao banco a ampliação do crédito consignado, nos moldes do HSBC – com juros abaixo dos praticados anteriormente –, para todos os funcionários do banco. As mudanças nos planos medico e ortodôntico dos funcionários do HSBC permanecem, mas os casos que tiverem em tratamento, o banco vai resolver caso a caso.

Para Ana Claudia Ribeiro, diretora do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE Bradesco, os avanços são significativos e dizem respeito a questões importantes no processo de incorporação do HSBC.

“Felizmente, o banco reviu algumas mudanças e manteve direitos adquiridos dos bancários e bancárias. Esperamos que nas próximas rodadas de negociação permanente seja assim também, com diálogo aberto e maior atenção às nossas reivindicações”, sugere.

Caos nas agências

Os dirigentes sindicais levantaram durante a reunião com o Bradesco o caos motivado pela transição das agências do HSBC para o Bradesco. Segundo os representantes do banco, em relação às agências madrinhas, que emprestam funcionários do Bradesco para as agências incorporadas, será feito um acompanhamento dos casos e, caso seja necessário, este procedimento poderá ser prorrogado.

Foi cobrado ainda maior tempo para que os funcionários oriundos do HSBC se familiarizem com o sistema do Bradesco na hora de cobrar o cumprimento de metas e nos conflitos que possam surgir no atendimento aos clientes. “O banco precisa levar em conta que não dá para aprender tudo da hora pra outra. Por isso, defendemos atenção especial aos funcionários no sentido de evitar práticas de assédio moral neste momento delicado de suas carreiras”, salienta Ana Claudia.

Os representantes dos trabalhadores ainda reivindicaram a retomada das comissões temáticas, o quanto antes.

Fonte: Contraf-CUT