Geral

16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Capa da Notícia

11 de novembro 2020

Por Eunice Miyamoto

Estamos iniciando a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, por meio de uma mobilização mundial, com o engajamento de diversos atores da sociedade civil e poder público para esse enfrentamento. Mundialmente, a Campanha se inicia em 25 de novembro (Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher) e vai até 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).

No Brasil, a Campanha ocorre desde 2003 e começa em 20 de novembro (Dia da Consciência Negra) para evidenciar a dupla discriminação vivida pelas mulheres negras.

Destacamos também o dia 6 de dezembro, com a Campanha do Laço Branco - Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que tem o objetivo de envolver os homens no ativismo contra a violência de gênero e para dizer que existem homens que repudiam a violência contra mulheres.

Em Curitiba, foi incluído no calendário o dia 5/11, dedicado à Campanha pelo Fim da Violência contra Meninas e Mulheres. Esta data em lembra do encontro do corpo da menina Rachel Lobo Genofre em uma mala na Rodoferroviária de Curitiba com sinais de estrangulamento e violência sexual, tendo como mote neste ano "Para Que Não Se Esqueça, para que Nunca Mais Aconteça".

Também foi realizado nos dias 7 e 8/11, em várias cidades do Brasil, o Ato Nacional do Movimento de Mulheres - #JuntasPeloFimDaCulturaDoEstupro - sobre o julgamento ocorrido em Santa Catarina.


Cerca de 150 pessoas participaram no protesto em Londrina no dia 8/11 pelo fim da violência contra a mulher - Foto: Milena Celinski

 

É necessário que a sociedade e principalmente o judiciário entendam que #ACulpaNuncaÉDaVítima, como o julgamento comportamental no caso Mariana Ferrer, demonstrando a conduta antiética, desrespeitosa e machista do advogado, seguido de um descrédito e exigências de provas físicas enfrentadas pela mulher que faz a denúncia, o que leva a justificar o crime e conseguir injustamente a absolvição do estuprador.

Todos os tipos de violência (física, psicológica, sexual, patrimonial, moral, virtual e institucional) são uma violação dos direitos humanos e precisamos fazer este enfrentamento, buscando a sua prevenção, punição e erradicação.

Eunice Miyamoto é secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Paraná e secretária de Saúde do Sindicato de Londrina.