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Inflação de junho sobe e acumula alta de 11,89% em 12 meses

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12 de julho 2022

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do Brasil, registrou alta de 0,67% em junho, segundo dados divulgados na sexta-feira (8/07) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com esse resultado, a alta acumulada do IPCA no ano subiu para 5,49% e a dos últimos 12 meses (de junho do ano passado a junho deste ano) para 11,89%. O País está há 10 meses com inflação acima de dois dígitos. Em setembro do ano passado, o índice atingiu 10,26%.

Em algumas capitais, a alta acumulada em 12 meses é ainda maior. Em Aracaju chega a 14,24% e em Salvador a 13,41%.

Maiores altas e baixas de junho

Em junho, as maiores altas em todo o País foram registradas nos preços do leite longa vida, que subiu 10,72% e o feijão-carioca (9,74%). Já as baixas do mês atingiram alguns dos produtos que registraram recordes de alta de quase 200% nos últimos 12 meses. Este é o caso da cenoura, que caiu 23,36% em junho e que já havia caído em maio (-24,07%), mas chegou a registrar mais de 195% de aumento em 12 meses.

De acordo com o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, o resultado de junho “foi influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos para consumo fora do domicílio (1,26%), com destaque para a refeição (0,95%) e o lanche (2,21%)”.

Ele explicou que, nos últimos meses, esses itens não acompanharam a alta de alimentos nos domicílios, como a cenoura e o tomate, e ficaram estáveis. “Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa. Isso é refletido nos preços”, disse.

O pesquisador também destaca outro fator que influenciou o resultado do índice em junho: o aumento no plano de saúde (2,99%). Em maio, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizou o reajuste de até 15,50% nos planos individuais, com vigência a partir de maio.

Gás encanado e energia

No grupo Habitação, a alta de 0,41% tem impacto de reajustes da taxa de água e esgoto (aumento médio de 2,17% no mês) em algumas regiões (Belém, Campo Grande, Curitiba e São Paulo). O gás encanado subiu 0,81%, também com reajustes em Curitiba e no Rio de Janeiro. O custo de energia elétrica caiu 1,07%, com bandeira tarifária verde (sem cobrança adicional).

Em Transportes (0,57%), grupo de maior peso na inflação, a alta menos intensa no mês se deve aos preços dos combustíveis, que caíram 1,20%, em média. O da gasolina recuou 0,72% e o do etanol, 6,41%. Já o óleo diesel e o gás veicular tiveram altas de 3,82% e 0,30%, respectivamente. Mas a maior variação, com impacto de 0,06 ponto percentual na taxa geral, foi das passagens aéreas: aumento de 11,32% em junho e de 122,40% em 12 meses.

Confira alguns dos destaques no acumulado:

Ainda neste grupo, o custo médio da passagem do ônibus urbano subiu 0,72%, com reajustes de tarifa em Salvador e Aracaju. Houve aumentos também nos intermunicipais.

Fonte: Rede Brasil Atual