Presidente do BB recebe pauta específica de reivindicações do funcionalismo
12 de agosto 2016
O presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, recebeu da Comissão de Empresa dos Funcionários a pauta específica de reivindicações dos bancários, na tarde desta quinta-feira 11, em São Paulo, para o início das negociações da Campanha Nacional 2016.
Além das questões de remuneração, emprego, igualdade, saúde e condições de trabalho, os bancários estão empenhados em defender os direitos já conquistados. O diretor do Sindicato Rafael Zanon, que integra a Comissão de Empresa, afirmou que os representantes dos bancários reforçaram junto ao BB a importância de demandas que são consideradas prioritárias, como a defesa da instituição como banco público e contra a privatização, melhores condições de trabalho, debate sobre as agências digitais e processos seletivos transparentes e objetivos, além do fortalecimento da Cassi (Caixa de Assistência).
“Com a entrega da minuta, uma nova fase é iniciada com as negociações da mesa específica. Durante o ano inteiro realizamos mesas permanentes de negociações com o BB sobre ascensão, saúde, Cassi, Previ, condições de trabalho e outras. Realizamos congressos, encontros e assembleias regionais, o Congresso Nacional específico dos funcionários do BB e a Conferência Nacional do Bancários, onde debatemos as reivindicações dos bancários e bancárias de todo o país. Com a entrega das pautas de reivindicações, iniciaremos as negociações gerais e específicas da Campanha Nacional 2016”, destacou Zanon. “Importante frisar que a campanha é unificada, e a mesa específica caminhará junto com a negociação geral na Fenaban. Sabemos que os bancos têm condições de atender às reivindicações e lutaremos para sair com um bom acordo para os bancários”.
Não foi marcada a data da primeira rodada de negociações. A minuta foi aprovada no 27º Congresso Nacional dos Funcionários, realizado em junho, em São Paulo, do qual participaram mais de 323 delegados de todo o Brasil.
As principais reivindicações dos bancários do BB:
- Defesa do banco público, contra a privatização.
- Jornada de seis horas para todos, sem redução de salário.
- Vale alimentação e refeição na licença saúde.
- Não constar nenhum registro no ponto eletrônico sobre falta de greve.
- Fim do desvio de função, pagamento das substituições.
- Critérios transparentes e objetivos de ascensão profissional.
- Mais contratações.
- Redução para 10 anos do prazo de elegibilidade no Previ Futuro.
- Prazo amplo para utilização de folgas adquiridas.
- Isonomia: licença prêmio e férias de 35 dias para os pós-98.
- Fim dos problemas decorrentes da implantação do modelo BB Digital.
- Melhoria das condições de trabalho nas PSOs.
- Fim dos descomissionamentos imotivados (fim do ato de gestão).
- Pagamento de 7ª e 8ª horas.
- Maior prazo para cumprimento de horas negativas.
- Manutenção de remuneração e praça dos trabalhadores em caso de reestruturações.
- Comitês de ética paritários.
- Fim da imposição de metas e combate ao assédio moral.
- Reivindicações específicas para o Sesmt e Ouvidoria.
- Cassi e Previ para funcionários oriundos de bancos incorporados.
Cassi e Previ
O funcionalismo reivindica ainda mais autonomia na estrutura do Sesmt e implantação na Cassi do modelo de assistência integral à saúde. Na Previ, a luta é pela manutenção da participação de associados na gestão, ameaçada pelo PLP 268, pelo fim do voto de minerva, melhoria dos benefícios para os participantes, redução das taxas de carregamento e administração e contribuição 2B a todos, inclusive incorporados.
Renato Alves
Do Seeb Brasília