Comando Nacional cobra proposta global sobre reivindicações específicas

12 de setembro 2014
Dirigentes do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão de Empresa dos funcionários do Banco do Brasil cobraram dos negociadores do banco hoje (12/09), em reunião realizada em Brasília, a apresentação de uma proposta global às reivindicações específicas. Na ocasião foram abordadas as cláusulas que dizem respeito à remuneração, encerrando o debate em torno da pauta aprovada durante o 25º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, que ocorreu em junho.
Os representantes do BB mantiveram a mesma postura das duas primeiras reuniões e se limitaram a ouvir a argumentação dos dirigentes sindicais, apesar de terem recebido as reivindicações há um mês.
Na discussão sobre o PCR (Plano de Carreira e Remuneração), foi cobrado que o interstício da promoção por mérito aumente de 3% para 6%, a inclusão dos escriturários e a diminuição no tempo de promoção. A Comissão de Empresa argumentou que há muitos anos o funcionalismo não tem sido reconhecido por seu empenho profissional.
Os dirigentes cobraram que todos os aplicativos do BB sejam interligados ao ponto eletrônico. Atualmente muitas pessoas permanecessem trabalhando, mesmo pós o término da jornada, sem que haja registro dessas horas. Para essa questão o BB afirma que está em desenvolvimento pelo setor de TI programa que faça essa interligação.
Reestruturação
Os vários processos de reestruturação em curso no banco também foram questionados pelos integrantes da comissão de empresa. Eles afirmaram que essas mudanças repentinas e a falta de transparência causam intranquilidade entre os funcionários. Para minimizar o impacto e evitar prejuízos aos envolvidos foi reivindicada a criação de uma VCPI (Verba de Caráter Pessoal Individual) e a incorporação do adicional noturno para quem for transferido para o período diurno. Além disso, que o banco negocie com o movimento sindical antes que haja alterações nos setores.
Nessa questão, o BB confirmou que está havendo redução nos setores da área meio e sinalizou que pode voltar a discutir o assunto.
Equiparação salarial
O Comando Nacional também cobrou a equiparação salarial entre os funcionários em cargo de gerência média e também entre assistentes e analistas. Nesses casos, as pessoas fazem as mesmas tarefas, mas recebem renumerações distintas. O banco não se posicionou.
Substituição de caixa
Os negociadores do banco também se limitaram a ouvir sobre a situação de funcionários que substituem os caixas há mais de um ano, mas sem serem efetivados na função.
Descomissionamentos
Os integrantes da Comissão de Empresa reivindicaram que o BB esclareça o processo de avaliação dos empregados em relação ao descominissionamento. Atualmente existem notas, que variam de 1 a 7, e registros da chefia. Do jeito que está, o funcionário não sabe qual deve ser sua pontuação nem quanto pesam as anotações de gestores. O banco ficou de avaliar a reivindicação.
Previdência complementar
Na discussão sobre a extensão dos direitos à previdência complementar do funcionalismo oferecidos pela Previ aos funcionários oriundos de bancos incorporados, a os representantes do banco sinalizaram com a formação de uma mesa temática para aprofundar o debate em torno desta demanda.
Demais reivindicações
Os bancários detalharam e discutiram com o banco a implantação de demais reivindicações contidas na minuta sobre remuneração, como a implantação de menores taxas de empréstimos e financiamentos aos funcionários, a retirada de metas de avaliação da GDP e a extensão do vale-cultura para todos os funcionários.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, foi uma reunião importante para o debate aprofundado das propostas que são reivindicações colhidas nas bases e aprovadas nos congressos.
Segundo ele, "é fundamental que o banco apresente soluções aos problemas apresentados, pois muitos deles não são apenas questões econômicas, mas contribuem significativamente para a melhoria das condições de trabalho".
"Temos expectativa de avanços depois de um ano de lucro alto com a contribuição direta dos funcionários. Queremos que a valorização dos funcionários saia dos boletins pessoais do banco, das matérias de revistas, jornais e passe efetivamente para a prática, através de novas cláusulas no acordo coletivo de trabalho", avalia Wagner.
Nova negociação
A próxima rodada de negociação com o Banco do Brasil foi agendada para o dia 26 de setembro, quando o Comando espera que seja apresentada uma proposta a respeito das reivindicações específicas dos funcionários.
Fonte: Sindicato de São Paulo