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PDVE registra 7,4 mil adesões e agrava condições de trabalho no banco

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12 de setembro 2017

Finalizado o PDVE (Plano de Desligamento Voluntário Especial), o Bradesco computa a saída de 7,4 mil funcionários e funcionárias do seu quadro, reduzindo de maneira significativa os custos com a folha de pessoal, como se precisasse disso.

Em matéria divulgada pelo Estadão o banco minimiza os efeitos do PDVE com o seguinte comentário: "O Bradesco reitera que a implementação do PDVE não afeta o elevado padrão de qualidade dos serviços prestados aos seus clientes e usuários, em todas as localidades e atividades em que atua".

Na avaliação de Valdecir Cenali, diretor do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco, o corte de todos estes bancários e bancárias agrava ainda mais a já pesada sobrecarga de serviços das agências.

“Embora tenha incorporado os funcionários do HSBC, o banco também herdou os clientes, mas não se preocupou em planejar esse aumento, pelo contrário, promoveu milhares de demissões desde o final do ano passado, completando agora o massacre aos empregos com o PDVE”, critica.

De acordo com o balanço referente ao primeiro semestre de 2017, entre setembro de 2016 e junho deste ano, o Bradesco cortou 4.779 postos de trabalho.

“Somando as demissões feitas sem justa causa, no sistema de pinga-pinga, com as adesões ao PDVE, o banco mandou para o olho da rua mais de 12 mil bancários e bancárias em apenas um ano. Como dizem que o objetivo desse Plano era reduzir o quadro em 10%, temos que ficar atentos, pois os cortes devem continuar até que seja alcançado esse percentual", alerta.

Por Armando Duarte Jr.