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Aprovar a reforma estatutária é perder a CASSI.

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12 de setembro 2018

Nos próximos dias o Banco do Brasil e a CASSI irão colocar em votação a alteração estatutária da Caixa de Assistência dos Funcionários. Essa alteração estatutária tem dois interesses, um é o de implantar uma medida governamental de mudança na gestão dos planos de saúde de autogestão das empresas públicas, e o outro é das direções das empresas públicas em cortar custos.

No primeiro caso são grupos de interesse econômico que estão de olho na saída de pessoas dos planos de autogestão por não serem mais atendidos em suas necessidades em saúde ou por serem excluídos por se aposentarem, afinal de contas nos planos de autogestão as empresas públicas gastam mais de R$ 9 bilhões de reais ao ano.  As empresas privadas estão de olho neste grupo de pessoas para seus planos e aumentar seus lucros.

No segundo, o corte de custos para maximização dos lucros nas empresas de economia mista é o fator principal. Aproveitando as Resoluções CGPAR nº 22 e 23, no nosso caso o Banco do Brasil S/A encontrou outra maneira de diminuir seus custos e melhorar seu resultado, mais uma vez penalizando os seus funcionários que já sofreram com sucessivas reestruturações.

A CASSI, instituição criada pelos funcionários em 1944, vai ser tomada de seus verdadeiros donos com a aprovação desse novo estatuto. Deixaremos de ser associados, donos, para sermos beneficiários, usuários simplesmente do plano. Deixaremos de poder decidir os rumos da caixa de assistência. O patrocinador através da alteração estatutária é quem decide o que pode ou não ser discutido, ou seja, qualquer coisa sobre os rumos para a nossa caixa de assistência quem vai colocar em pauta é o banco. Outro ponto é a instituição de que qualquer assunto que tiver impasse dentro da Cassi quem decide em 15 dias é o patrocinador. Mesmo que os eleitos pelos funcionários não concordem com os rumos que forem tomados, por serem prejudiciais aos associados , o Banco do Brasil fará prevalecer única e exclusivamente a sua opnião. Tal qual vem fazendo agora, pois existe um memorando de intenções que tem vigência até 2019, o banco deixou de discutir a Cassi com as representações dos funcionários depois da eleição da CASSI, e com outras três propostas apresentadas para serem discutidas e colocadas em votação de forma arbitrária está fazendo valer única e exclusivamente a sua proposta.

Dentro dessa proposta o patrocinador quer aumentar o valor pago pelos beneficiários, mas não quer aumentar a sua contribuição. Essa contribuição do patrocinador tende a cair pois ela é baseada na folha de pagamento pois novas contratações no BB são raras, funcionários estão se aposentando, e as reestruturações cortaram comissões e cargos e ainda temos muitos colegas que não conseguiram realocar-se dentro da instituição e estão com salários menores. E não está descartada futuras reestruturações e tão pouco podemos nos esquecer que o STF acaba de decidir que a terceirização pode ser feita sobre atividade fim de forma irrestrita e o Banco do Brasil inclusive já inaugurou em São Paulo uma agência toda terceirizada.

Temos uma quebra da solidariedade, na forma atual aquele que não usa ajuda a pagar para quem usa. Aquele que ganha mais ajuda no custeio da Cassi, para compensar o que tem salário menor. Com essa quebra da solidariedade poderemos perder mais associados, pois a ótica do plano será o mesmo dos existentes no mercado, pagar o que pode e ter menos serviços em saúde.

O patrocinador quer retirar os aposentados do plano de saúde. Coisa absurda, pois no momento de mais necessidade estão retirando esse direito do funcionário aposentado, depois de passar anos dedicando parte de sua vida a empresa, ter perdido sua saúde para realizar as tarefas que são colocadas para a conquista das metas e para o atendimento dos clientes e dos usuários. E no momento em que sua renda cai o banco simplesmente vai descartar essa pessoa depois de tê-lo sugado ao limite. Total falta de respeito com quem estudou, prestou concurso onde descrevia a existência do plano de saúde inclusive depois de aposentar.

Não podemos permitir que o Banco tome a nossa caixa de assistência. Nós criamos essa instituição para cuidar da nossa saúde durante nossa vida laborativa e depois quando estivéssemos aposentados para cuidar da saúde que perdemos. O Banco quer deixar de assumir sua responsabilidade estatutária de patrocinador e diminuir seus custos, aumentar seu lucro e pagar os dividendos para os acionistas. Não esta pensando na sustentabilidade do plano pois não diz que após a aprovação deste estatuto terá que rediscutir a sustentabilidade, pois a folha de pagamento só tende a cair e com isso o valor que pagará para o plano também será menor. E como decidirá tudo sobre a Cassi os associados irão ficar cada vez mais sem serviços e pagando mais em co-participação para sermos atendidos em nossas necessidades em saúde, problemas causadas pelo próprio patrocinador que cobra metas abusivas e impõem aos funcionários trabalhar sobrecarregados com a diminuição do quadro funcional, fazendo assim, sofrer ao longo do tempo com as doenças ocupacionais e doenças psíquicas.

Quando for votar, vote NÃO. Temos que impedir essa aprovação estatutária que fará com que percamos nossa caixa de assistência e o direito de ter acesso a benefícios para nossa saúde.

 

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AC