O Observatório de Gestão Pública de Londrina, entidade não governamental que monitora os atos e atividades encaminhadas pela Prefeitura da cidade, realizou ontem (11/12), no Auditório da ACIL (Associação Comercial e Industrial de Londrina), o julgamento final do 1º Prêmio de Cidadania. Este Prêmio visa identificar e valorizar as boas iniciativas desenvolvidas no município.

O presidente do Sindicato de Londrina, Wanderley Crivellari, participou da banca julgadora, formada por representantes de 15 entidades.

O Prêmio Londrina de Cidadania distribuiu R$ 13,5 mil, sendo R$ 5 mil para o primeiro colocado, R$ 3 mil para o segundo, R$ 2 mil para o terceiro e R$ 500 para cada um dos demais classificados.

Dos 29 projetos inscritos, 10 foram selecionados para a etapa final. O vencedor foi o projeto "Casa Verde", fundado há oito anos e que tem por objetivo promover a reinserção social das pessoas que não têm onde morar. Coordenado por Marcio Eduardo da Silva, este trabalho é feito no Jardim Pindorama, na Zona Leste de Londrina e foi responsável por retirar das ruas pessoas usuárias de drogas, prostitutas e promover atividades para as crianças carentes do bairro.

Com o dinheiro do prêmio o Marcio pretende ampliar a Casa Verde, bem como os atendimentos feitos através deste projeto.

Para Wanderley, o Prêmio Londrina de Cidadania é uma importante iniciativa que valoriza as boas ações surgidas na comunidade. "É uma forma de reconhecer o trabalho cidadão de pessoas simples e entidades que atuam onde nem sempre o poder público consegue obter êxito", avalia o presidente do Sindicato de Londrina.

Conheça o projeto vencedor:

CASA VERDE

Responsável: Marcio Eduardo da Silva

Área de atuação: Reinserção social

Local de funcionamento: Jardim Pindorama

Fundação: 2005 ( 8 ANOS )

Atividade: a Casa Verde recebe pessoas que não têm onde morar e gostariam de traçar um caminho de reinserção social. Hoje, quatro pessoas estão na casa. Um deles é João, que viveu 35 anos nas ruas como usuário de drogas, e Fernanda, que ficou quatro anos na prostituição. O projeto também promove o Cine Pipoca, destinado a crianças do bairro tomado pelo tráfico.

Histórico: Márcio ficava incomodado de ver moradores em situação de rua e dar-lhes apenas comida. Ele resolveu abrir sua casa para abrigá-los e desde então percorre a mata do Marco Zero para convidar as pessoas a mudar de vida, dando-lhes todo o auxílio necessário.

Resultados: mudança de vida das pessoas. O grande exemplo é Jonathan, que morava nas ruas desde os nove anos. Depois de uma década de vício em crack, ele morou com Marcio, começou a trabalhar e será pelo segundo ano seguido o melhor aluno do colégio.

Aplicação do prêmio: o dinheiro será investido para expandir a Casa Verde, colocando um espaço maior de refeitório e banheiros. O espaço ajudará a incrementar o trabalho com as crianças, que estão sendo aliciadas por traficantes cada vez mais novas.

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Por Armando Duarte Jr.