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Servidores estaduais em greve fazem ato conjunto hoje em Londrina

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13 de fevereiro 2015


Em passeata pelas ruas de Londrina, professores e servidores de diversas categorias divulgaram as suas reivindicações


O corte de verbas para a Educação é um dos motivos que levaram à deflagração
da greve no serviço público estadual

O recuo do governador Beto Richa (PSDB), ao solicitar ontem (12/02) a retirada de pauta dos projetos de lei que implicam na redução de direitos dos servidores públicos do Paraná, não enfraqueceu o movimento.

Com a incerteza em relação ao que ele poderá propor nos próximos dias para fazer o ajuste das contas do Estado, professores, técnicos administrativos e demais servidores do HU (Hospital Universitário), da UEL (Universidade Estadual de Londrina), da Rede Estadual de Ensino, trabalhadores da Saúde nos hospitais da Zona Norte e Zona Sul), agentes penitenciários e representantes de servidores de outras cidades da região participaram hoje (13/02), de ato conjunto no Calçadão de Londrina.
Estavam presentes cerca de 2 mil pessoas, que demonstraram com este protesto, com faixas e cartazes a indignação e coragem para lutar contra o “pacote de maldades” de Beto Richa.

Os grevistas também percorreram ruas centrais da cidade para buscar apoio da população ao movimento, pois a greve não diz respeito somente à defesa dos direitos ameaçados, mas também ao fim da autonomia das Universidades para administrar seus orçamentos, ao corte de receitas para a Educação, que se dará com o fechamento de turmas nas escolas e de cursos extras, como, por exemplo, de línguas estrangeiras, e outros que serviam como atividades de contraturno, que servem para manter crianças e adolescentes na escola durante todo o dia.

“Baderneiros”

Depois de permanecer sumido nos últimos dias, depois que os servidores em greve ocuparam o prédio da Assembleia Legislativa, o governador Beto Richa apareceu na noite de ontem (12/02) em canais de televisão para falar sobre o movimento. Utilizando termos, como “baderneiros”, “arruaceiros” e “anarquistas” para se referir aos grevistas, ele disse que seu governo preza pela transparência, respeito e democracia.

Diferente desse discurso, as entidades representativas dos servidores públicos estaduais convocaram as categorias para a greve pela falta de diálogo do governador com as mesmas antes do envio dos projetos de lei para a AL. Na semana passada, antes mesmo da deflagração de greve dos professores, a APP Sindicato tentou por diversas vezes, sem sucesso, abrir diálogo com o governo do Estado.

 

Como não houve negociação, a greve foi iniciada e a intenção dos milhares de servidores atingidos pelo “pacote de maldades” é permanecer com os braços cruzados até que seja fechado acordo prevendo a manutenção dos direitos, dos recursos para a Educação e a definição de um canal para discutir alternativas para que o ajuste fiscal seja feito de forma consensual.

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR