Organizado pela Contraf-CUT e a Fetec-CUR/PR, o III Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, realizado entre os dias 11 e 12 de abril, em Curitiba, debateu o racismo nos bancos e apontou propostas para combater a discriminação.

“Construindo Igualdade” foi o tema do evento, que teve participação de dirigentes sindicais de várias regiões do país, além de lideranças do movimento negro, que falaram sobre as experiências na luta contra o racismo existente na sociedade brasileira, em especial, nos bancos.

Ivaí Lopes Barroso, diretor do Sindicato de Cornélio Procópio, afirma que no setor financeiro apenas 24,7% das vagas são ocupadas por negros, que representam 53% da população do país.

“Não bastasse essa dificuldade de inserção, as pessoas negras, em sua maioria, ocupam cargos de retaguarda nas agências e muito raramente têm a oportunidade de conquistar postos mais altos, o que os tornam invisíveis no sistema financeiro”, critica.

Pesa ainda, segundo Ivaí, o fato de a remuneração do bancário negro ser inferior ao que recebe seu colega branco. No caso da mulher, essa diferença é ainda maior.

Para mudar esse triste cenário, durante o III Fórum da Visibilidade Negra foram aprovadas propostas, denominadas de Carta de Compromissos, que têm como objetivo traçar diretrizes para conter o racismo nos bancos.

Clique aqui para ler a Carta de Compromisso do III Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro.

“Lutamos por uma sociedade mais justa, o que passa, necessariamente, por maior inserção do negro e da negra no setor financeiro, bem como em outros setores onde ainda prevalece essa cultura arcaica de segregação”, sustenta Ivaí.

Leia mais: III Fórum Pela Visibilidade Negra: Avanços ainda não foram suficientes

Por Armando Duarte Jr.
Fonte: site Fetec-CUT/PR/Sindicato de Curitiba