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Assédio é pauta de negociação com o Banco do Brasil nesta quinta (14)

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13 de abril 2022

A CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil) se reunirá com o banco na quinta-feira (14/04) para tratar de denúncias de assédio moral e cobrança excessiva de metas, que dificilmente serão atingidas nas CRBBs (Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil) em São Paulo, Curitiba, São José dos Pinhais e em outras localidades do País.

“Valorizamos muito o método de negociação. Por isso, antes de qualquer manifestação, queremos tratar sobre as denúncias de assédio que recebemos”, explicou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Queremos saber se é um problema da gestão local, ou se é orientação do banco. Seja como for, é preciso cessar este tipo de atuação para evitarmos danos aos funcionários e à própria instituição”, completou o coordenador da CEBB, lembrando que a categoria bancária é uma das mais acometidas por doenças relacionadas ao trabalho, tanto por casos de transtornos mentais, quanto as Lesões por LER/Dort (Esforços Repetitivos e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

Para o representante da Fetrafi/SC (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Santa Catarina) na CEBB, Luiz Toniolo, os funcionários das CRBBs estão submetidos a uma rotina de trabalho exigente e desgastante e sofrem cobrança excessiva de metas. “São metas que dificilmente serão atingidas e muito do que ocorre nos locais de trabalho é estratégia institucional”, disse. “Se essa estratégia está levando os trabalhadores ao adoecimento, algo tem que mudar”, completou.

Toniolo disse que não é a primeira vez que surgem reclamações. “Porém, neste volume de insatisfação não tinha percebido ainda!”, alertou.

O diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e funcionário BB, Alessandro Greco Garcia, o Vovô, disse que, além das metas abusivas, também existem problemas nas regras do PDG (Programa Extraordinário de Desempenho Gratificado), que mudam no meio do jogo e não são claras. “Também há falta de funcionários. Muitos aprovados no concurso ainda não foram convocados. Além disso, o baixo salário não seduz as pessoas a virem para São José dos Pinhais, mas também o tipo de serviço realizado, focado somente em vendas, desmotiva”, explicou.

“Já tivemos uma ouvidoria baseada em diversos relatos sobre problemas da administração local e que teve resultado procedente, mas as reclamações continuam as mesmas”, completou.

Na unidade da Central de Relacionamento de São Paulo os trabalhadores enfrentam a mesma situação. “Problemas como estes não podem continuar. Por isso, insistimos nesta tentativa de conversa com o banco para solucioná-los”, concluiu o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT