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Defesa da Educação e da aposentadoria é tema de protestos no País nesta terça (13)

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13 de agosto 2019

A categoria bancária se junta aos estudantes, professores e trabalhadores de vários setores nesta terça-feira (13/08), nas atividades do Dia Nacional de Mobilizações contra a Reforma da Previdência e em defesa da Educação.

Entidades programaram atos em vários Estados do Brasil em mais uma etapa contra a política de retrocessos.

Em Londrina, a concentração será feita às 15h00, no Calçadão, próximo da Avenida Rio de Janeiro, de onde manifestantes sairão em caminhada pelo Centro da cidade até chegar à Concha Acústica, local que será palco de atividades culturais.

Para a presidenta da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Juvandia Moreira, os cortes nos investimentos para a educação e a proposta de alterações da Previdência só visam retirar direitos dos trabalhadores, assim como foi feito com a reforma trabalhista.

“Ao contrário do que o governo diz, a reforma da Previdência vai continuar beneficiando os mais ricos e os empresários. Enquanto, os pobres, que mais necessitam, terão que trabalhar muito mais para conseguir se aposentar”, afirmou a dirigente, que convocou todos os trabalhadores para irem às ruas nesta terça. “Precisamos pressionar os senadores para que votem contra esse desmonte e defendam os direitos dos trabalhadores”, completou

De acordo com Juvandia, a mobilização desta terça-feira é apenas o começo. “Temos que denunciar os deputados que aprovaram a reforma. Sabemos onde cada um deles tem mais votos. Temos que mostrar em cada uma das cidades quem votou contra os trabalhadores”, disse. “Ao fazer a denúncia dos deputados, mostramos também aos senadores que, se votarem contra os trabalhadores, sofrerão as mesmas consequências”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Pontos mais prejudiciais aos trabalhadores

Dentre as mudanças propostas para a Previdência, está a instituição da obrigatoriedade de idade mínima para aposentadoria, que passa a ser de 65 anos para os homens e 62 para mulheres. Além disso, para receber 100% do benefício, o trabalhador deverá contribuir por 40 anos. O tempo mínimo de contribuição será de 15 anos para mulheres e de 20 anos para homens. Neste caso, receberão apenas 60% do benefício.

O cálculo do benefício também muda, reduzindo os valores que serão pagos aos trabalhadores. Atualmente, os valores são calculados levando em conta 80% dos maiores salários de contribuição. Apenas os maiores valores são utilizados no cálculo. Com a reforma da Previdência, os valores passam a ser calculados pelo total das contribuições, mesmo as de menor valor. Isso derruba o valor médio das contribuições e leva à redução do benefício a ser pago aos trabalhadores.

Na Pressão

Ainda há tempo para lutar contra a aprovação da reforma da Previdência. Além de se mobilizarem nas ruas de todo o País, os trabalhadores podem enviar mensagens e pressionar os senadores a votarem contra a proposta que, se aprovada, tornará quase impossível o sonho da aposentadoria.

O site “Na Pressão” é uma ferramenta criada pela Secretaria de Comunicação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) para o envio de e-mails ou mensagens pelas redes sociais ou telefone para parlamentares, juízes, ministros e qualquer outra autoridade que represente o povo brasileiro.

Fonte: Contraf-CUT