Fenaban mantém proposta de arrocho. Comando orienta ampliação da greve

13 de setembro 2016
Os representantes da Fenaban não trouxeram nada de novo na rodada de negociação realizada hoje (13/09), em São Paulo, com o Comando Nacional dos Bancários, frustrando mais uma vez as expectativas da categoria, que deflagrou greve há oito dias contra o arrocho nos salários.
Os bancos insistiram na proposta de reajuste de apenas 7% e abono de R$ 3,3 mil, que foi rejeitada pelo Comando na mesa no dia 9 de setembro. Este índice representa uma perda de 2,39% para o poder de compra da categoria e também o rompimento com a sequência de ganhos reais, que vêm sendo conquistados nos últimos 12 anos.
Também não houve nenhum avanço em relação à manutenção dos empregos da categoria e a diversas outras prioridades apontadas pelos bancários e bancárias para esta Campanha Salarial.
“Consideramos uma falta de respeito a Fenaban convocar negociação e não apresentar nada de novo no momento em que a greve está crescendo a cada dia, numa demonstração de que não aceitamos retrocesso no setor mais lucrativo do país”, critica Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina.
Nova rodada foi agendada para quinta-feira (15/09), às 16h00, em São Paulo.
Principais reivindicações da Campanha Unificada 2016 |
- Reajuste salarial: 14,78% (reposição da inflação, de 9,62%, mais 5% de aumento real) - PLR: 3 salários mais R$ 8.317,90 - Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último) - Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional) - Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários - Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas - PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários): para todos os bancários - Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós - Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários - Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs) - Manutenção da campanha unificada entre bancos públicos e privados - Intensificar a mobilização para resistir ao defender a democracia e os direitos históricos dos trabalhadores e os bancos públicos |
Por Armando Duarte Jr.