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Caixa lucra R$ 16 bilhões, mas fecha 1.341 postos de trabalho

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13 de novembro 2019

A Caixa Econômica Federal divulgou na terça-feira (12/11) o balanço referente ao terceiro trimestre deste ano, que apontou um lucro líquido contábil de R$ 16,158 bilhões acumulado nos primeiros nove meses. Os números representam um crescimento de 40,9% com relação ao mesmo período de 2018. Considerando-se o lucro, apenas, do terceiro trimestre (de R$ 8 bilhões), o crescimento foi de 90,6% frente ao resultado do 2º trimestre.

Segundo informou o banco, o lucro foi impactado principalmente pela evolução de 20,4% na margem financeira, a redução de 6,4% nas despesas com PDD (provisão para créditos duvidosos) e pela estabilidade nas receitas de prestação de serviços. O retorno sobre o patrimônio líquido (rentabilidade) ficou em 14,2%, com queda de 5,0 p.p. em relação a setembro de 2018.

Mesmo com esses ótimos resultados, a Caixa extinguiu 1.341 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2018. Foram fechadas ainda cinco agências, 41 PAs, 68 lotéricos e 463 Correspondentes Caixa Aqui. Por sua vez, o número de clientes cresceu em mais de 10 milhões, chegando a 101,8 milhões ao final do terceiro trimestre de 2019.

De acordo com Dionísio Reis, coordenador da CEE (Comissão Executiva dos Empregados) da Caixa, os números só evidenciam a importância de atividades em defesa do banco público e dos direitos dos empregados. “Nesses momentos está sendo discutido com a população a importância da Caixa para os brasileiros, para o desenvolvimento do País e com os empregados a importância da mobilização na luta da manutenção de seus direitos.”

A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 683,2 bilhões, com queda de 1,5% em 12 meses, mas, permanecendo praticamente estável no trimestre. A Carteira Comercial Pessoa Física (PF) teve queda de 4,2% em 12 meses, totalizando R$ 81,5 bilhões. A Carteira Comercial Pessoa Jurídica (PJ), apresentou queda maior (-29,7%), somando R$ 40,2 bilhões. O crédito imobiliário cresceu 3,6%, num total de R$ 456,3 bilhões, e a carteira de infraestrutura teve queda de 1,7%, totalizando R$ 81,7 bilhões. As variações na carteira estão de acordo à estratégia do banco de priorizar concessões nos segmentos ligados a microempresas e fomento ao crédito imobiliário.

A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,38%, com redução de 0,06 p.p. As receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias permaneceram praticamente estáveis em relação a setembro de 2019, totalizando R$ 20,2 bilhões. Já as despesas de pessoal, considerando-se a PLR, apresentaram expansão de 4,6%, atingindo R$ 17,3 bilhões. Com isso a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 116,41%.

A Contraf-CUT participará de um encontro, nesta quarta-feira (13), das 9h às 17h30, para discutir as negociações coletivas dos trabalhadores das empresas estatais federais, ocorridas em 2019. A atividade acontecerá no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e contará com a participação de até três representantes por entidade sindical convidada e que se envolveram nas negociações deste ano.

Serão discutidos os seguintes assuntos: conjuntura das negociações; as negociações na visão das entidades sindicais; um balanço do conjunto das negociações e da atuação do Estado (Empresas, Governo Federal e Judiciário); e discussão sobre possíveis desdobramentos do encontro para o ano de 2020.

Fonte: Contraf-CUT