Bancários cobram reabertura de agências fechadas após ataques

14 de junho 2018
Os integrantes da categoria bancária cobraram a reabertura de agências fechadas após ataques na primeira reunião da Comissão Bipartite de Segurança Bancária do ano, realizada na terça-feira (12/06), na sede da Fenaban, em São Paulo.
“Muitas agências, principalmente, as do interior, após a explosão por bandidos, não são mais reabertas pelos bancos. Um verdadeiro absurdo, pois acaba deixando a população desassistida de serviços bancários”, criticou Elias Jordão, coordenador do Coletivo Nacional de Segurança da Contraf-CUT e presidente do Sindicato de Curitiba.
O representante da Fenaban afirmou em mesa que há muitas demandas judiciais sobre segurança bancária iniciadas pelos Sindicatos, o que impossibilita a viabilidade da Comissão de Segurança.
Essa afirmação foi imediatamente questionada pelo secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr.. “A Fenaban foge do debate de segurança bancária estabelecendo diversos impasses na negociação. O tempo não bate palmas para ninguém. A vida dos bancários e das outras pessoas que trabalham ou que utilizam as agências não podem esperar mais até que os banqueiros implementem os itens de segurança. A segurança bancária é urgente”, cobra.
A Contraf-CUT propôs a assinatura de um ofício conjunto para o presidente do Senado favorável a aprovação do PL do Estatuto de segurança privada, como solução ao tema trazido pela Fenaban, que mais uma vez faltou com o compromisso com a vida das pessoas.
Durante o encontro, o movimento sindical também deu continuidade às negociações sobre as alterações dos itens do artigo 33 e do 31 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), que visam ampliar os direitos dos bancários vítimas de extorsão mediante sequestro. As alterações reivindicadas pelos representantes dos bancários exaltam a necessidade da inclusão do crime também nos itens A, B e D do artigo 33 e do 31 da CCT.
Jordão reiterou à Fenaban a importância da mesa temática, por tratar justamente do bem mais valioso que temos, que é a vida dos bancários e clientes. “Por conta disso, cobramos também que os balanços dos bancos não privilegiem apenas altas despesas em Marketing e em Tecnologia, mas que passem também a investir mais em Segurança.”
Fonte: Contraf-CUT