Campanha Nacional Bancários

Categoria bancária realiza Dia Nacional de Luta por proposta digna nesta quinta (15)

Categoria bancária realiza Dia Nacional de Luta por proposta digna nesta quinta (15)

14 de agosto de 2024

Objetivo é reforçar cobrança à Fenaban por proposta completa para a renovação da CCT

Nesta quinta-feira (15/08), a categoria bancária realizará mais um Dia Nacional de Luta, desta vez para pressionar os bancos para a entrega de uma proposta digna e global para a renovação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) na próxima mesa de negociações, agendada para terça-feira (20).

As manifestações acontecem em resposta à postura da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) na última rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários. “Nossa expectativa é que tivessem apresentado uma proposta completa, diante de todas as informações que trouxemos nas mesas anteriores, defendidas com dados sobre a realidade do setor e a capacidade dos bancos, que é o setor com maior geração de lucros no país”, disse após o encontro a coordenadora do Comando e presidenta da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Juvandia Moreira.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, completou: “Faz dois meses que entregamos nossa pauta para os bancos e até agora eles não trouxeram respostas para nossas reivindicações econômicas. Vamos continuar mobilizando a categoria, nos locais de trabalho e nas redes sociais por proposta decente”.

Reivindicações

O Comando Nacional dos Bancários entregou a minuta de reivindicações, para a renovação da CCT, no dia 18 de junho. O documento foi elaborado com base na Consulta Nacional dos Bancários, realizada com quase 47 mil trabalhadores. A minuta também foi submetida à aprovação pela 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e em assembleias realizadas em todo o país, com adesão de mais de 95% dos votantes.

Após a entrega da minuta, foram realizados uma série de encontros entre os representantes dos trabalhadores e dos bancos. "Em cada rodada, defendemos, ponto a ponto, as reivindicações da minuta, com base em dados sobre a realidade do mercado e a capacidade dos bancos. Dos 8.809 setores no país que fizeram negociações salariais, neste ano, 86% tiveram aumento real. Vários deles convivem com concorrência e tem lucros e rentabilidade muito inferiores aos dos bancos, a exemplo de comércio, agropecuária, serviços médicos hospitalares e energia elétrica", reforçou Juvandia Moreira.

Reivindicações da categoria por tema

Cláusulas econômicas

- Aumento salarial acima da inflação (reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%).
- Melhorias na PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor, ficando, na maioria dos bancos, abaixo do teto de 15% previsto na CCT.
- Aumento nas demais verbas, incluindo VA/VR, auxílio babá e auxílio creche.

Cláusulas sociais

- Igualdade de oportunidades e igualdade salarial, entre gênero e raça.
- Mais mulheres no setor de TI (Tecnologia da Informação) dos bancos.
- Olhar especial para bancárias e bancários transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo com menor expectativa de vida no país, por conta da violência e preconceito que também dificultam o acesso e permanência no mercado de trabalho.
- Combate ao assédio moral e sexual.

Saúde

- Direito às PCDs (pessoas com deficiência) e neurodivergentes, para que tenham garantia de ambiente de trabalho adaptado e condições de ascensão profissional.
- Direito à desconexão.
- Combate à gestão por metas abusivas e que impacta na saúde e nas condições de trabalho.

E ainda

- Garantia de emprego e dos direitos conquistados.
- Fim das terceirizações.
- Retorno da homologação nos sindicatos, para que as entidades possam acompanhar de perto todo o processo, e garantir direitos dos desligados.
- Qualificação e requalificação profissional, sobretudo diante da revolução tecnológica.
- Indenização adicional em caso de demissão.
- Garantias para mães e pais de PCDs, quando necessitarem acompanhar filhos nos atendimentos médicos e educacionais.
- Segurança nos ambientes físicos e digitais do sistema financeiro.

A seguir, link para as matérias sobre cada rodada

18 de junho - entrega da minuta de reivindicações

1ª rodada, 26 de junho - Cláusulas sociais – Emprego

2ª rodada, 2 de julho - Cláusulas sociais - Tetrabalho e jornada reduzida

3ª rodada, 11 de julho - Igualdade de oportunidade

4ª rodada, 18 de julho - Saúde - PCDs e neurodivergentes

5ª rodada, 25 de julho - Saúde - combate à gestão por metas excessivas

6ª rodada, 7 de agosto - Cláusulas econômicas - aumento real e valorização nas demais remunerações

7ª rodada, 13 de agosto - Primeiro retorno da Fenaban sobre as reivindicações

Fonte: Contraf-CUT

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