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Estudantes ocupam escolas contra ‘reforma’ da Educação

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14 de outubro 2016

Mais de 300 mil estudantes da rede estadual de ensino do Paraná estão com as aulas suspensas devido à ocupação de aproximadamente 340 escolas. Alunos de cinco Universidades Estaduais também aderiram ao movimento.

Em Londrina, 20 escolas estão com as atividades paralisadas.

A mobilização foi iniciada no dia 10 de outubro em protesto contra a MP (Medida Provisória) 746/2016, encaminhada para o Congresso Nacional pelo governo Michel Temer (PMDB).

Os estudantes criticam a forma como Temer quer realizar a reforma da Educação, por meio de Medida Provisória, sem discussão prévia com as entidades representativas dos professores do país. Eles também são contra a PEC 241/2016, que determina o congelamento das verbas para a área por 20 anos.

O governador Beto Richa (PSDB) gravou vídeo esta semana na tentativa de convencer os estudantes de que as mudanças da reforma da Educação não serão implantadas no Paraná.

Ao mesmo tempo, seu governo ingressou na Justiça para requerer a reintegração de posse das escolas ocupadas.

Greve dos servidores estaduais

Não bastasse o movimento dos estudantes, os servidores públicos estaduais do Paraná estão prestes a cruzar os braços contra o calote anunciado por Beto Richa no reajuste salarial que estava previsto para janeiro de 2017.

Por meio do projeto de lei 43/2016, o governador condiciona o pagamento do reajuste ao aumento da arrecadação.

A APP Sindicato realizou Assembleia Estadual no dia 12 de outubro, em Curitiba, quando foi aprovada a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (17).

As Universidades também devem paralisar as atividades. Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa entraram em greve ontem (13), em Londrina, os servidores da UEL (Universidade Estadual de Londrina) também aprovaram o movimento e os professores suspenderão as aulas entre os dias 17 e 19 de outubro. Nova Assembleia vai avaliar as negociações com o governo e definir a continuidade ou não da greve.

Os policiais civis estão seguindo esta tendência e já aprovaram greve contra o calote no acordo firmado perante a Assembleia Legislativa, transformado em Lei, que levou ao fim a paralisação ocorrida no ano passado.

Por Armando Duarte Jr.