Membros da Direção Executiva da CUT se reuniram no dia 10 de dezembro, em São Paulo, com o objetivo de avaliar a conjuntura e traçar as ações estratégicas em relação ao momento de aprofundamento da crise política que está em curso no país, com graves desdobramentos na economia e na sociedade.

Para a entidade a aceitação da abertura de processo de impeachment pelo presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, e suas manobras escusas para dificultar os trabalhos do Conselho de Ética da mesma casa, onde seus crimes estão sendo analisados, revelaram aspectos perturbadores da natureza da crise política e do cenário onde as forças comprometidas com o golpe tramam o seu desfecho.

Na avaliação da Executiva da CUT, a nação não pode ficar refém dessas manobras. Por isso foi definida a intensificação da luta em conjunto com os movimentos populares e sociais e setores democráticos da sociedade contra o golpe e por mudanças na política econômica.

Neste sentido, a Central conclama suas bases para engrossarem as manifestações programadas para o mês de dezembro e a se manterem em estado de alerta para o que acontece no país, particularmente em Brasília.

A CUT intensificará também sua ação no plano internacional, desenvolvendo ações junto com Centrais Sindicais parceiras para denunciar o golpe em curso no Brasil. Esta iniciativa já recebeu apoio de várias entidades sindicais da América Latina presentes no III Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano, realizado em São José, Costa Rica.

As bandeiras que unificam a luta dos movimentos populares e sociais e que estarão presentes nas manifestações são:

- Em defesa da democracia: não vai ter golpe

- Fora Cunha

- Por uma nova política econômica. Contra o ajuste fiscal

Calendário de atividades

15/12 – Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. 

16/12 – Realização de atos em São Paulo e em Brasília

 Fonte: CUT