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Classe Trabalhadora sai às ruas contra a reforma da Previdência

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14 de dezembro 2017

Trabalhadores e trabalhadoras saíram às ruas na quarta-feira (13/12) contra a aprovação da reforma da Previdência em todo o Brasil, seguindo orientação da CUT e demais Centrais Sindicais para construir uma forte mobilização contra a aprovação da nova proposta de reforma da Previdência formulada pelo governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (PMDB-SP).

O governo negocia com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para colocar a reforma na pauta de votação na próxima semana antes do recesso parlamentar, apesar de não ter conseguido o número de votos necessários para aprovar a reforma. “A pressão deles é grande. E a nossa será maior ainda”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, que participou de ato dos metalúrgicos da Volkswagen, na via Anchieta, em São Paulo, deixando claro que a Classe Trabalhadora vai lutar contra o desmonte.

“O nosso recado está dado: se botar para votar, o Brasil vai parar!”, avisou Vagner, lembrando que a CUT e os movimentos sociais fizeram uma campanha nas redes sociais contra o fim da aposentadoria e, em menos de uma hora, a hashtag “SeVotarNãoVolta” ocupou o primeiro lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter em todo o Brasil.
 
Por volta das 6h00, em São Bernardo do Campo, cinco mil trabalhadores e trabalhadoras da Volkswagen paralisaram duas vias da Rodovia Anchieta, sentido litoral, e aprovaram, por unanimidade, realizar greve caso a proposta contra o fim da aposentadoria seja colocada em votação. Nesta quinta-feira (14), a mobilização ocorre em outras montadoras para impedir o fim da aposentadoria.

Ainda na quarta-feira, na capital paulista teve ato público em frente ao prédio do INSS, no viaduto Santa Ifigênia, para dialogar com a população e alertar sobre as consequências da nova proposta de reforma, que exclui milhões de brasileiros e brasileiras da Previdência. Depois, trabalhadores e trabalhadoras saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade.

O presidente da CUT alerta que a reforma é injusta e grave para todos os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade. Segundo ele, o aumento do desemprego e da informalidade que se agravarão ainda mais por conta da reforma Trabalhista vão impactar ainda mais o mercado de trabalho para os jovens e o sistema previdenciário sofrerá uma perda enorme.

“O desemprego ou o emprego informal, sem carteira assinada, em especial dos jovens, como já  está acontecendo depois da entrada em vigor da famigerada reforma Trabalhista, faz com que o fundo da Previdência não se renove”, diz Vagner, que complementa: “Quando menos trabalhadores entram no mercado formal, menos recursos o governo terá para financiar quem esta se aposentado depois de muitos anos de labuta.”

Vagner se referiu ao modelo de Previdência brasileiro que é de repartição solidária, ou seja, os mais jovens entram no mercado de trabalho formal e suas contribuições ao INSS ajudam a financiar os que estão se aposentado.

Clique aqui para ler mais sobre as atividades de quarta-feira (13/12) contra a reforma da Previdência.

Por Tatiana Melim e Walber Pinto/CUT