Mais de 5 mil pessoas participam de marcha contra o PL 4330 em Curitiba

15 de abril 2015
![]() A delegação dos Sindicatos do VIDA BANCÁRIA presente na concentração em Curitiba |
Nesta quarta-feira (15/04) foram realizadas uma série de manifestações em diversos Estados no Dia Nacional de Luta contra a Terceirização. No Paraná, além das atividades que ocorreram em Londrina, houve uma grande concentração em Curitiba, com a participação de mais de 5 mil pessoas, que percorreram as principais vias da capital com faixas, cartazes e muita disposição para lutar contra a aprovação do PL (Projeto de Lei) 4330 pelo Congresso Nacional.
Os Sindicatos do VIDA BANCÁRIA enviaram delegação à mobilização em Curitiba, com a presença de dirigentes de Apucarana, Arapoti, Cornélio Procópio e de Londrina.
“Precisamos dar um basta neste projeto que precarizará as relações de trabalho. São mais horas trabalhadas por semana, menos direitos, mais riscos de acidente de trabalho e uma série de outras consequências como o fim dos concursos públicos. Estamos falando de um retrocesso de décadas nos direitos da classe trabalhadora”, afirmou a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz.
Durante o ato também foi mostrado um placar com os votos dos deputados e deputadas federais do Paraná, mostrando quem foi a favor do projeto e contra a Classe Trabalhadora. Materiais informativos apresentando as consequências da aprovação do PL 4.330 também.
O diretor nacional da CUT, Roni Barbosa, reforçou as consequências da terceirização e a resistência dos trabalhadores. “O apelido deste PL é Projeto de Lei da Escravidão, pois é isso que significa a sua aprovação. É rasgar a CLT, rasgar os nossos direitos. Estamos dizendo em alto e bom som no Brasil inteiro não a este projeto de lei. Vamos mostrar para a Câmara dos Deputados que a classe trabalhadora está viva e vai reagir a estes ataques feitos contra os trabalhadores brasileiros. Tivemos manifestações desde o início da madrugada e que vão até o final do dia”, afirmou.
De acordo com ele, dificilmente um trabalhador terceirizado consegue tirar férias, pois fica trocando de empresa e de contratos de forma contínua. "Este trabalhador também ganha menos que u trabalhador próprio das empresas. Eles também estão mais envolvidos em acidentes, a cada 10 8 são de trabalhadores terceirizados. Por isso a CUT é contra este projeto de lei”, completou.
Apesar de a Força Sindical nacional ser favorável ao Projeto de Lei 4.330, no Paraná, a central não só é contrária como participou do ato. “No Paraná nós somos contra o PL 4.330 e a Força Sindical no seu congresso foi feito uma moção de repúdio, porque não concordamos e não autorizamos a nacional a falar a todas as centrais do Estado, é lamentável este tipo de coisa”, garantiu o vice-presidente da Força Sindical no Paraná, Nelson Silva de Souza.
O presidente da CTB no Paraná, Zenir Teixeira, atacou o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que encabeça a articulação pela aprovação do PL. “Representando o que há de pior na política Brasileira é este presidente da Câmara que lá está instalado. A partir dele estamos vendo que a cada dia ele tenta enfiar goela abaixo do povo e da nação brasileira projetos que visam não só a continuidade da exploração da classe trabalhadora, mas também o retrocesso de tudo o que conquistamos a partir do governo do presidente Lula”, sentenciou.
O presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, reforçou o papel do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, neste processo além de recordar a formação conservadora e empresaria da atual legislatura. “Este Projeto de Lei precarizará definitivamente as relações de trabalho e fere de morte direitos da classe trabalhadora consagrados há décadas na CLT. Nós da educação pública sempre tivemos posição contrária a este projeto que está na câmara federal há exatamente 11 anos, quando ele foi apresentado pelo então deputado por Goiás, Sandro Mabel. Os deputados, especialmente o presidente Eduardo Cunha, tendo maioria de parlamentares nesta legislatura que não tem identidade com a maioria do povo brasileiro e com a pauta de direitos dos trabalhadores, ao contrário, aproveitam o momento”, argumentou.
Fonte: CUT Paraná