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Bancários do Paraná estão dispostos a deflagrar greve para garantir direitos

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15 de maio 2018

Resultados da Consulta Nacional do Bancário, realizada nas bases dos 10 Sindicatos filiados à Fetec-CUT/PR, revelam que a categoria está disposta a realizar greve para manter ou melhorar os direitos previstos na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) nas negociações com os bancos neste ano.

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Este posicionamento foi apontado por 34,94% dos 4.782 bancários e bancárias que responderam ao questionário. Já 23,61% preferem trabalhar na “contingência”, enquanto 10,02% disseram que irão trabalhar na “contingência”, mas consciente de que não irá produzir. A resposta escolhida para 12,38% é de que a Assembleia é quem decide, mas não pretendem participar das atividades de pressão contra os bancos. Outros 3,89% não farão greve em hipótese alguma, pois acreditam que os direitos previstos na CCT estariam garantidos de qualquer forma. Não quiseram se posicionar a respeito de greve 15,16%.

Em relação à pergunta sobre reajuste nos salários, com base na estima de inflação de 3,05% na data base da categoria, em setembro, 40,42% acreditam que não vamos conseguir zerar as perdas este ano, mas 33% estão confiantes que isso será possível. Para 21,54% a categoria vai conquistar aumento real em 2018, a exemplo dos últimos anos.

A Consulta também levantou junto à categoria as prioridades das ações a serem desenvolvidas pelos Sindicatos na Campanha Nacional Unificada 2018, listando em primeiro lugar, com 38,84% das indicações, a remuneração e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Para 34,51% dos bancários e bancárias a luta em defesa do emprego é essencial, enquanto 25,49% estão preocupados com a saúde e as condições de trabalho.

Antonio Pereira da Silva, diretor do Sindicato de Apucarana, vê com preocupação o fato de 66,08% dos 4.782 bancários e bancárias que responderam à Consulta terem afirmado desconhecer que direitos atuais, como o Vale-alimentação, Vale-refeição e outros auxílios podem perder a validade caso não sejam renovados na Convenção a ser celebrada com os bancos.

“Estamos nos reunindo com a categoria há tempos fazendo o alerta a respeito dos riscos que a reforma trabalhista poderá impor a importantes conquistas da categoria, além de divulgar isto nos informativos das entidades. Todos devem estar conscientes de que só com uma mobilização intensa poderemos impedir que nos retirem conquistas históricas”, ressalta.

Neste levantamento acerca dos anseios e necessidades da categoria bancária também teve questões relacionadas à orientação sexual, assédio moral, consequências das pressões sofridas nos bancos e sobre a atuação dos Sindicatos em relação aos políticos que votaram contra direitos da Classe Trabalhadora.

Os dados da Consulta realizadas nas bases cutistas do Paraná serão encaminhados para a Contraf-CUT, que centralizará as respostas de todo o País para subsidiar os debates e definições a serem tiradas na Conferência Nacional entre os dias 8 e 10/06, em São Paulo.

Por Armando Duarte Jr.