Contraf-CUT denuncia desmandos da direção do BB à presidenta Dilma

15 de agosto 2013
A Contraf-CUT entregou ontem (14/08) carta à presidenta Dilma Roussef denunciando a ausência de rumo da direção do Banco do Brasil e sua relação autoritária com o funcionalismo, com péssimas condições de trabalho, cobranças abusivas de metas e assédio moral, que estão provocando uma verdadeira epidemia de adoecimentos.
O documento foi entregue pelo presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, e pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, que assessora a Contraf-CUT nas negociações, a José Lopez Feijóo, assessor da Secretaria da Presidência da República. A carta acusa a diretoria da empresa de gestão temerária por estar provocando grande passivo trabalhista e pede ao governo, acionista majoritário, que "dê um basta a tudo isso e determine alterações imediatas na condução do banco".
"O Banco do Brasil recentemente divulgou o maior lucro de um banco brasileiro em toda a história, sendo 10 bilhões de reais somente no primeiro semestre de 2013. Não obstante uma lucratividade tão grande e tamanha importância para a empresa, governo e país, os problemas apresentados neste documento demonstram que ao invés de reconhecimento ao esforço dos funcionários, as práticas de gestão tem causado grande descontentamento com a direção do Banco do Brasil, com o governo e com o projeto de país que este mesmo governo propõe", acusa o texto do documento.
Leia aqui a íntegra da carta da Contraf-CUT à presidenta Dilma Roussef
E veja abaixo outros trechos do texto:
- "O banco regrediu, para adotar políticas de recursos humanos ultrapassadas."
- "As metas, que anteriormente eram definidas através de acordos de trabalho semestrais, agora são impostas diariamente de cima para baixo."
- "O Banco do Brasil é hoje, de longe, a empresa do sistema financeiro onde está mais disseminada a prática do assédio moral.
- "As políticas democráticas de ascensão profissional foram rasgadas e muitos talentos são perdidos."
- "As demissões por ato de gestão, abolidas em 2003, voltaram e são utilizadas pelos gestores mais autoritários. Os descomissionamentos e a redução no valor das comissões são ameaças e práticas constantes."
- "Em vez de trabalhar pela melhoria de clima, o banco ainda agrava o estresse mandando economizar nos gastos com segurança, colocando em risco a vida de milhares de empregados e clientes.
- "Diante deste quadro, o funcionalismo e suas entidades de representação reivindicam que o Governo Federal, como acionista majoritário, dê um basta a tudo isso e determine alterações imediatas na condução do banco."
Fonte: Contraf-CUT