Caixa impede que entidades tenham acesso a novatos na Integração

15 de agosto 2019
A Caixa Econômica Federal comunicou na terça-feira (13/08) à CEE (Comissão Executiva dos Empregados), que as entidades representativas não terão mais espaço de fala na integração dos novos trabalhadores. Historicamente, os Sindicatos, as Apcef (Associações de Pessoal da Caixa) e entidades representativas dos trabalhadores, em parceria com os instrutores da Gipes (Gerência de Filial de Pessoas), participam do PIAC (Programa de Integração e Ambientação à Caixa).
O discurso usado para descumprir uma tradição já consolidada no banco é de que Programa de Integração foi substituído por um programa de aprendizado dinâmico. A real intenção da direção do banco é, porém, ocultar o atual cenário de desmonte da Caixa.
Além disso, a direção do banco está informando aos novos trabalhadores de que não terão direito a assistência à saúde, desrespeitando o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho). A cláusula 33 do ACT, vigente até 31 de agosto de 2020, assegura a assistência à saúde aos contratos após 31 de agosto de 2018.
“A ironia é que a contratação dos PCDs (Pessoas com Deficiência) é uma conquista dos trabalhadores em luta e, agora, estão nos impedindo de informar aos funcionários seus direitos. O plano de saúde é um direito de todos os empregados da ativa, os aposentados e para dos novos trabalhadores. É um absurdo completo”, protesta o coordenador da CEE da Caixa, Dionísio Reis.
A integração está acontecendo de a última segunda-feira (12). O assunto estará na pauta da mesa de negociações com o banco agendada para o dia 27 de agosto.
Fonte: Fenae