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Bancários de Londrina paralisam agências do Centro no Dia Nacional de Luta

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15 de setembro 2015

Seguindo orientação do Comando Nacional dos Bancários, o Sindicato de Londrina está retardando hoje (15/09) a abertura de 17 agências localizadas na área central da cidade. A mobilização do Dia Nacional de Luta é uma forma de pressionar a Fenaban a avançar nas negociações da Campanha Unificada 2015.

Nesta quinta-feira (15/09), às 14h30, O Comando inicia as discussões com os representantes dos bancos em torno das reivindicações ligadas à remuneração. A rodada se estenderá até amanhã (16/09).

O Dia Nacional de Luta nos bancos também integra as atividades conjuntas organizadas pela CUT das categorias que têm data base no segundo semestre. Além de buscarem avanços nas conquistas, trabalhadores e trabalhadoras estão nas ruas em defesa da democracia no país.

Sem diálogo

O Comando Nacional dos Bancários já participou de três rodadas de negociações com a Fenaban, que abordaram os temas Emprego; Saúde, condições de trabalho e segurança; e Igualdade de Oportunidades. Em todos estes encontros os bancos disseram NÃO às reivindicações da categoria.

“As manifestações de hoje são um recado aos bancos da insatisfação dos bancários e bancárias com a conduta deles nas rodadas de negociações. Quem tem lucro bilionário não tem justificativa para negar nossas reivindicações e valorizar aqueles que se esforçam muito para atingir metas cada vez mais altas”, ressalta Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina.

Regiane argumenta que os balanços do primeiro semestre deste ano não deixam dúvidas de que os bancos têm plenas condições de atender o que a categoria está pleiteando. Somados, os lucros obtidos pelos cinco maiores bancos do país (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) alcançaram R$ 36,3 bilhões.

“Só o que eles arrecadam com tarifas cobre com folga as despesas com a folha de pagamento”, salienta a presidenta do Sindicato de Londrina, afirmando que se não surgirem avanços nas negociações sobre remuneração a categoria deve deflagrar greve por tempo indeterminado para mostrar que não abre mão dos seus objetivos.

Principais reivindicações da Campanha Unificada 2015

- reajuste de 16% (que inclui a inflação acumulada desde a última data base, mais 5,7% de aumento real)

- valorização do piso salarial

- PLR de três salários, mais um valor fixo de R$ 7.246,82

- vale alimentação, 13ª Cesta e Auxílio Creche/Babá no valor, cada, de R$ 788,00 e Vale Refeição no valor de R$ 34,26 ao dia.

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR