O Sindicato de Londrina esteve reunido com representante da Superintendência Regional da Caixa Econômica na quinta-feira (14/09) para discutir o programa de GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas).

“Levantamos junto ao Regional do banco vários questionamentos que o Sindicato tem recebido dos bancários e bancárias sobre o GDP”, relata Amaury Soares, secretário de Finanças do Sindicato de Londrina.

Este é o terceiro ciclo do programa, que agora engloba todas as funções gratificadas, incluindo caixas, avaliadores de penhor e assistentes, dentre outras. Os escriturários fazem parte do GDP somente como avaliadores.

De acordo com o banco, o GDP utiliza uma ferramenta de gestão conhecida como “Nine Box”, no qual a avaliação do funcionário o coloca em determinados quadrantes (incipiente, emergente, excepcional e tantos outros). Essa colocação é determinada por avaliações cruzadas de “resultado e estilo” e implicam numa pontuação positiva ou negativa para os processos seletivos internos, além de poder gerar incentivos a treinamentos.

Existe uma etapa de feedback após a finalização das avaliações, que faz parte do ciclo e direciona o funcionário para o desenvolvimento de determinadas habilidades. Essa etapa é obrigatória e fica registrada a sua realização no sistema próprio.

O Regional da Caixa disse que o GDP não interfere na distribuição de “deltas” e não está mencionado em nenhuma circular que gera perda de função. Foi informado também que não existe no Manual Normativo nenhuma menção à assinatura de acordo.

“O Sindicato está preocupado em como o GDP pode interferir na vida profissional dos bancários e bancárias da Caixa. Em especial na utilização deste programa como mais uma ferramenta de cobrança de metas abusivas”, afirma Regiane Portieri, presidenta do Sindicato.