Congresso Nacional dos Funcionários aprova minuta deste ano

16 de junho 2015
Foi realizado nos dias 12, 13 e 14 de junho, em São Paulo, o 26º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, com a participação de 303 delegados e delegadas de todo o país.
“A pauta dos funcionários foi ricamente debatida em quatro grupos de temas específicos e apresentada e votada na plenária geral”, informa Gisa Bisotto, secretária Geral do Sindicato de Londrina e funcionária do BB. “Deste debate resultaram propostas para a minuta específica e também orientações para os representantes na mesa de negociação e para os funcionários em outras lutas, além da Campanha Salarial”, completa Gisa.
Veja a seguir algumas das principais reivindicações aprovadas:
Remuneração e condições de trabalho
Os delegados aprovaram a intensificação da luta por melhorias no PCR, por mais contratações e por melhores condições de trabalho, sem assédio moral. Também reiterou-se a necessidade de isonomia para funcionários pré-98, pós 98 e incorporados nas questões de remuneração, carreira, benefícios, saúde e previdência.
A proposta de PCR que constará na minuta específica traz valorização do funcionalismo, estipulando como piso o salário mínimo do Dieese e o interstício na tabela de antiguidade de 6%, um valor maior das letras de mérito e com um tempo menor para adquirir.
Alguns debates de remuneração foram remetidos à Conferência Nacional, geral para todos os bancários, tais como índice e PLR, pois fazem parte da pauta da mesa única de negociação.
Saúde e previdência
Demonstrando grande preocupação com o aumento de casos de adoecimentos causados pelo ambiente e trabalho bancário, aprovou-se a proposta de cobrar do banco dados sobre doenças ocupacionais para que as informações sejam repassadas aos dirigentes sindicais e membros dos conselhos de usuários da Cassi.
Também foi aprovada a manutenção do princípio de solidariedade na Cassi e a inclusão de funcionários oriundos de bancos incorporados pelo BB, para que sejam assistidos pelo Programa de Saúde da Família e demais coberturas.
Para a Previ, os funcionários querem o fim da resolução 26, para que o superávit do plano de previdência seja investido na melhoria dos benefícios. O 26º Congresso também reiterou a campanha pelo fim do voto de minerva no Conselho Deliberativo e a implantação de teto para os benefícios, o que impede as grandes diferenças entre valores de aposentadoria pagos a diretores do BB e aos demais funcionários.
Outra preocupação dos bancários sobre a Previ se refere aos estudos realizados pela consultoria Accenture, que indica a possibilidade de redução de representação de diretorias eleitas. Além de que, há dúvidas sobre as propostas da consultoria de terceirização da gestão dos investimentos e da administração, “o que põe em risco o modelo de gestão compartilhada do fundo de pensão, aumentando o poder do banco e diminuindo o dos associados”, afirma Marcel Barros, Diretor eleito de Seguridade da Previ participante convidado no 26º Congresso. Sobre o assunto, deliberou-se por pedir a Previ esclarecimentos destes estudos.
Organização do movimento
Os delegados presentes ao 26º Congresso reafirmaram a estratégia de Campanha Nacional Unificada, com negociação de mesa única na Fenaban e mesas concomitantes para discutir as questões específicas do BB, além do modelo construído pela categoria de comissões de empregados que assessoram o Comando Nacional nas negociações específicas com os bancos.
Também apoiaram o fortalecimento dos fóruns da categoria (Sindicatos, Federações, Contraf-CUT, Comissão de Empresa e Comando Nacional dos Bancários), a mobilização e a unidade nacional da categoria.
BB e sistema financeiro nacional
O delegados fizeram um amplo debate sobre a importância do fortalecimento do BB como banco público voltado para o financiamento da produção e do desenvolvimento econômico e social do país.
Defenderam ainda a internacionalização do BB e a regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, que trata da regulamentação do Sistema Financeiro Nacional.
Fonte: Contraf-CUT