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Dirigentes sindicais apresentam ao banco problemas do Agir

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16 de julho 2015

O programa de Ação Gerencial Itaú de Resultados (Agir) para os bancários do setor operacional foi o tema central da reunião realizada ontem (15/07), entre a Contraf-CUT, a COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Itaú e a direção do Itaú, na sede do banco, em São Paulo.

No início do encontro, o Itaú fez uma apresentação dos resultados do plano de metas do banco, controlado por atribuição de pontuação individual de cada funcionário.

Os dirigentes sindicais levantaram algumas ponderações que deixam clara a necessidade de mudança dentro do programa. Este posicionamento levou em conta o foco dado pelo banco à meritocracia, para atingir metas baseadas em três pontos: objetivo, apuração e premiação.

“Através do Agir, o Itaú vem alterando as metas dentro do próprio mês, fazendo com que aquilo que é difícil de ser atingido se torne impossível”, denuncia Elizeu Marcos Galvão, diretor do Sindicato de Cornélio Procópio e suplente do Vida Bancária na COE.

Na reunião foi apontada ainda as férias e os afastamentos por licenças médicas como problemas na apuração das metas. Como o quando de pessoal está aquém das demandas, em muitos casos os funcionários são obrigados a retirar apenas 20 dias de férias e para complicar a situação, que vai sair antes tem que dar conta da meta de um mês em apenas 10 dias.

“Nos casos de afastamento, a situação é pior ainda. O banco obriga a pessoa atingir uma meta de seis meses em um mês”, acrescenta Elizeu, avaliando que é necessário mudar esse procedimento para não prejudicar ainda mais os funcionários nas avaliações do Agir.

Outro grave problema levantado pela COE junto ao banco é a gestão do programa, que nem sempre é feita por pessoas preparados para controlar as metas e motivar os trabalhadores.

O Itaú apresentou as modificações feitas no programa, desde seu início, baseadas nas críticas e sugestões dos trabalhadores. Os dirigentes sindicais também manifestaram preocupação com o grande número de demissões por justa causa ocorridas no banco nos últimos meses. Em muitos casos, elas foram motivadas pelo não cumprimento de metas do Agir.

Reunião da COE 

Na terça-feira (14/07), os integrantes da COE se reuniram na sede da Contraf-CUT para discutir a proposta de readaptação profissional que o banco apresentou no mês passado. O movimento sindical critica o formato unilateral da proposta e pede participação.

Segundo Elizeu, os dirigentes sindicais têm várias restrições e críticas ao modelo apresentado pelo banco e cobrou negociação a respeito disso.

“Nossa intenção é de que sejam discutidas as causas que levaram ao adoecimento do bancário e da bancária, tomando medidas para que no seu retorno a situação não se agrave. Do jeito que o banco quer, só é pensada a forma como o trabalhador licenciado vai se adaptar ao serviço quando receber alta do INSS, quando o que é importante é justamente o contrário, ou seja, rever os fatores que o levaram a ficar doente”, argumenta a diretora do Sindicato de Londrina.

Ainda em relação a este ponto, a COE também não concorda com o repasse de responsabilidade pelo preenchimento da CAT para o gestor da agência, pois o mesmo nem sempre tem conhecimento técnico.

Fonte: Contraf-CUT