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Trabalhadores vão às ruas nesta quarta (18) contra a PEC 32 e em defesa do serviço público

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17 de agosto 2021

Trabalhadores de diversas categoria profissionais se solidarizam com os servidores públicos e participarão nesta quarta-feira (18/08), do Dia Nacional de Luta e Paralisações contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) n° 32, que é a reforma administrativa elaborada pelo governo Jair Bolsonaro.

Além do não à PEC 32, os trabalhadores e trabalhadoras levarão às ruas e as redes bandeiras de luta por empregos, vacina, pelo Auxílio Emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, contra o aumento da inflação, dos preços altos e contra as privatizações de estatais estratégicas para o desenvolvimento do Brasil.

As CUTs estaduais, junto com suas entidades filiadas – Sindicatos, Federações e Confederações –, movimentos sociais e demais Centrais Sindicais já confirmaram atos em várias cidades do País.

Em Londrina, Sindicatos e organizações sociais realizarão, às 10h, uma Aula Pública, no Calçadão, em frente às Pernambucanas, para explicar à população os impactos econômicos da que a destruição dos serviços públicos trará para as suas vidas.

Fora Bolsonaro!

O 18 de agosto é dia de mostrar que a dupla Bolsonaro/Guedes não tem nenhum apreço pela Classe Trabalhadora, muito menos pelos brasileiros mais pobres que serão os mais impactados pela reforma administrativa, diz Carmen Foro, Secretária-Geral da CUT, se referindo ao presidente e ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Não é possível que este governo continue atuando sem nenhuma preocupação com a vida dos brasileiros. Acabar com presença do Estado brasileiro na proteção à população é desprezar o cidadão que sempre necessita e recorre aos serviços públicos”, afirma a secretária.

A proposta do governo federal de retirada da estabilidade no serviço público servirá, na prática, para o aumento de casos de corrupção. Além disso, a reforma não inclui a ‘elite privilegiada do funcionalismo público’, como juízes, procuradores e promotores públicos, militares e parlamentares.

“Também não acaba com os supersalários. A maioria dois servidores ganha salários que não chegam a três mil reais. Esses é que serão prejudicados”, lembra Carmen

Para ela, somente com ações nas ruas e nas redes sociais e em todos os espaços será lutar por direitos e serviços públicos de qualidade à população.

Principais riscos da PEC 32

- Acaba com concursos para o setor público: menos servidores significa serviços mais precarizados;

- Acaba com estabilidade de servidores: trabalhadores podem ser perseguidos e demitidos abrindo espaço para contratação de cargos que atendem ao interesse de um governante e não da sociedade;

- Transfere atividades públicas para a iniciativa privada: serviços públicos básicos como a saúde ficarão nas mãos da iniciativa privada, com custos repassados à população, cuja maioria, não pode pagar;

- Dá poderes ao presidente da República para reorganizar o funcionamento do Estado: sem discussão com a sociedade ou com o Congresso, o chefe do Executivo poderá interferir na organização dos serviços públicos;

- Não combate altos salários: a PEC 32 não mexe com os chamados cargos de Estado – militares, juízes, desembargadores, diplomatas, que são os mais altos salários. A maioria dos servidores ganha, em média, R$ 3.816,00. No serviço municipal, o rendimento é menor ainda. Cerca de 75% ganham até R$ 3.381,00.

Fonte: CUT Nacional