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Venda do Banestado ao Itaú completa 16 anos

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17 de outubro 2016

Há exatos 16 anos, os paranaenses perdiam um dos seus mais importantes patrimônios, o Banestado (Banco do Estado do Paraná), vendido na Bolsa de Valores para o Itaú pela bagatela de R$ 1,6 bilhão.

Esse entrou diretamente nos cofres do Tesouro Nacional e serviu para abater apenas 20% da dívida obtida pelo Estado para a realização do saneamento e entregar ao Itaú a parte boa, incluindo ações da Copel e do Sercomtel.

Na época, o governador do Estado era o arquiteto Jaime Lerner, que preferiu privatizar o banco a tomar medidas que poderiam tê-lo preservado, assim como os cerca de 15 mil empregos diretos que gerava.

“Infelizmente, os paranaenses perderam inúmeros postos de trabalho e uma rede de agências que prestavam atendimento em diversos municípios de pequeno porte. Hoje, 16 anos depois, o Itaú não se interessa por manter unidades nas localidades que não são muito lucrativas e joga por terra as promessas de Lerner, de que com a privatização iria melhorar os serviços prestados para a população”, critica Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina.

Regiane lembra que restam pouco mais de 1.000 funcionários e funcionárias remanescentes do Banestado em atividade, tamanho foi o número de demissões feitas pelo Itaú ao logo do tempo.

“De bom, fica a lembrança do banco e do que ele representava para nosso Estado, bem como a lição sobre os efeitos nocivos da privatização, que ameaça voltar pelas mãos dos atuais governantes”, finaliza.

Por Armando Duarte Jr.