Protesto hoje na Superintendência do Santander exige manutenção dos empregos

18 de fevereiro 2014
![]() Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato de Londrina, criticou a política de enxugamento de quadros adotada pelo banco no Brasil |
A luta em defesa do emprego no Santandedr é tema hoje (18/02) de protesto realizado pelo Sindicato de Londrina em frente à agência Alto Higienópolis, onde também está localizada a Superintendência Regional do banco espanhol. O objetivo desta atividade é exigir que o banco realoque todos os funcionários lotados na agência Higienópolis, que será desativada.
Durante a atividade, diretores estavam vestidos de cor preta e uma faixa estendida em frente ao prédio simbolizavam as milhares de demissões efetuadas pelo banco nos últimos anos. Para completar o cenário, um diretor estava fantasiado de morte, em alusão ao terror do desemprego que vem assombrando os funcionários do Santander.
![]() A "morte" simbolizou o terror do desemprego que assombra os funcionários |
Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato de Londrina, lembra que nos últimos dias o Santander fechou as portas de uma agências em Arapongas e em Campo Mourão e há rumores de que o mesmo ocorrerá em outras cidades. "Estamos cobrando a realocação dos funcionários para que ninguém perca o emprego por conta dessa reestruturação", ressalta.
Wanderley lembra que o balanço de 2013 do banco revelou a obtenção de lucro líquido de R$ 5,744 bilhões, valor que ficou 9,7% abaixo do que foi apurado no ano anterior, mas mesmo assim representou 23% do lucro global do grupo espanhol.
O balanço demonstra também que no ano passado o Santander cortou 4.371 postos de trabalho no Brasil, fechou 94 agências, 128 postos de atendimento e desativou 835 caixas eletrônicos. "Com isso, as despesas com pessoal caíram e as tarifas cobradas dos clientes aumentaram", observa Wanderley, acrescentando que o banco consegue cobrir 147% dos gastos com a folha de pagamento somente com as receitas adquiridas com tarifas e prestação de serviços.
"Vamos continuar insistindo para que nenhum funcionário seja demitido neste processo de reestruturação, pois a sobrecarga de trabalho nas agências é muito grande, assim como o número de reclamações dos clientes pelo atendimento cada vez mais deficiente", finaliza o presidente do Sindicato de Londrina.
Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado - 2.495/PR