Fenaban rejeita propostas de avanços na saúde

18 de agosto 2013
A primeira rodada de negociação com a Fenaban foi marcada pela rejeição de todas as reivindicações da categoria relacionadas à saúde e condições de trabalho. O Comando Nacional ressaltou na mesa que as péssimas condições de trabalho nos bancos são responsáveis pelo alto índice de adoecimento dos trabalhadores do setor.
Isto fica claro com dados dos INSS referentes a 2012. Segundo o órgão, no ano passado 21.144 bancários foram afastados do trabalho por adoecimento, dos quais 25,7% com estresse, depressão, síndrome de pânico, transtornos mentais relacionados diretamente ao trabalho. Outros 27% se afastaram em razão de Lesões por Esforços Repetitivos (LER/Dort).
Somente nos primeiros três meses deste ano, 4.387 bancários e bancárias já haviam se afastado por adoecimento, sendo 25,8% por transtornos mentais e 25,4% por LER/Dort.
As estatísticas do INSS vêm de encontro com os resultados da recente Consulta que apontou as prioridades de luta para a Campanha Nacional 2013. Nela, 18% dos entrevistados declararam ter se afastado do trabalho por motivos de doença nos 12 meses anteriores e 19% disseram usar medicação controlada.
E em relação aos problemas de saúde, 66,4% dos responderam que as metas abusivas são o mais grave problema enfrentado hoje pela categoria. Em função disso, 58,2% dos bancários e bancárias pediram através da Consulta o combate ao assédio moral.
O Comando criticou a postura intransigente dos bancos e quer discutir a prevenção de doenças e acidentes do trabalho como forma de fazer com que o emprego bancário se torne decente.