Neste 19 de janeiro de 2015, quando comemoramos 23 anos da fundação de nossa federação, cabe fazer uma boa reflexão sobre o significado dessa caminhada.

A FETEC-CUT-PR esteve presente, desde sua fundação – e até mesmo antes, se considerarmos o projeto de sociedade defendido pelos sindicatos que discutiam a necessidade da criação de uma federação cutista – na linha de frente dos principais combates travados contra o neoliberalismo, seja em âmbito nacional ou estadual.

A postura firme e serena diante do desigual enfrentamento ao modelo excludente que aprofundava-se a cada ano, na medida em que sucediam-se governos submissos aos interesses dos grandes conglomerados financeiros, industriais, comerciais, agrícolas e midiáticos,  sempre foi marca distintiva de nossa federação e dos sindicatos filiados.

Chegamos aos 23 anos com a certeza de termos dado conta de nossas tarefas enquanto organização cujo horizonte extrapola as justíssimas reivindicações econômicas e avança ao apontar para uma sociedade justa, fraterna e igualitária.

Foi essa concepção de mundo que orientou nossa atuação nas campanhas salariais da categoria, nas jornadas contra as privatizações – com destaque para a luta na Vale do rio Doce, no Banestado e na Copel -, o apoio corajoso ao MST no tenebroso período Lerner, a solidariedade  às mais diversas organizações populares, a luta pela urgente democratização da comunicação e, mais recentemente, a participação militante e decisiva de todos os nossos sindicatos na construção do Plebiscito Popular da Constituinte.

Não há, portanto, como escrever a história das lutas populares no Paraná sem escrever sobre o papel desempenhado pelos bancários da CUT. Isso nos possibilita comemorar, merecidamente, esses 23 anos de existência.

Mas, ao mesmo tempo em que comemoramos, precisamos fazer dessa belíssima história de lutas, o estímulo para encarar de frente os inimigos da classe trabalhadora e seu projeto que pretende submeter ainda mais o país ao domínio do grande capital, em especial ao sistema financeiro. E neste caso específico insere-se, como prioridade, a luta em defesa dos bancos públicos como ferramentas de nossa emancipação como nação soberana, dona de seu destino.

Estão de parabéns todas as companheiras e companheiros que participaram dessa caminhada e contribuíram para a consolidação da unidade da categoria bancária – fator fundamental para o fortalecimento da nossa luta e, consequentemente, do fortalecimento da Central Única dos Trabalhadores.

Júnior César Dias

Trabalhador bancário e Presidente da FETEC-CUT-PR

AC