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Funcionários do Banco do Brasil definem calendário de lutas contra a reestruturação

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19 de janeiro 2021

Bancárias e bancários do Banco do Brasil vão realizar na quinta-feira (21/01) um Dia Nacional de Lutas contra a reestruturação proposta pela direção do banco. A reestruturação prevê o fechamento de agências e outras unidades do BB, além da demissão de 5 mil funcionários. O Dia Nacional de Lutas é uma das iniciativas aprovadas nesta terça-feira (19/01), em reunião da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil). Também está sendo proposta uma paralisação nacional dia 29.

“Continuamos a luta contra essa reestruturação que só traz prejuízos para a população e os funcionários do Banco do Brasil. Vamos denunciar aos clientes do banco, aos parlamentares, prefeitos e para a população em geral os danos que a proposta da direção do banco pode provocar. Vivemos uma pandemia e eles querem demitir 5 mil pessoas, fechar agências que atendem cidades isoladas do interior, além de tentarem desmontar um banco público essencial para a economia brasileira”, disse o coordenador nacional da CEBB, João Fukunaga.

A CEBB decidiu fazer Dia Nacional de Lutas nesta quinta-feira (21), com mobilização nas redes sociais, abaixo-assinado, reuniões com os funcionários nos locais de trabalho, colagens e panfletagens. O calendário de mobilizações se estende até o dia 28. “Entre 21 e 28 de janeiro, as entidades sindicais manterão as mobilizações permanentes nos locais, com plenárias, reuniões nos locais de trabalho, ações nas mídias sociais, buscando apoio da sociedade e tornar público os ataques do governo federal ao Banco do Brasil e aos seus funcionários”, explicou João.

A CEBB indicou para os Sindicatos realizarem nesse período de mobilização Assembleias em suas bases para decretar Estado de Greve. A indicação da CEBB é que no dia 29 seja realizada uma paralisação nacional de 24 horas. Nesta data também haverá uma atuação organizada nas mídias sociais e o uso de roupas pretas pelos funcionários.

Informações e direitos

Também será acionado o Ministério Público do Trabalho para a obtenção de informações sobre a reestruturação. “A Contraf-CUT já solicitou ao banco informações sobre agências, locais e postos de trabalho que serão extintos. A transparência, que deveria ser norma, inexiste, por isso não restará solução que não solicitar junto ao Ministério do Trabalho mediação”, informou Renata Cabral, sócia de Crivelli Advogados, e assessora Jurídica da Contraf-CUT.

A garantia de direitos dos funcionários também é preocupação da assessora da Contraf-CUT. “Vamos também lançar mão de ações judiciais para garantir aos bancários direitos básicos, como garantia à estabilidade financeira para quem recebe gratificação/comissão por longo período (nos termos da súmula 372/TST); manutenção do salário para quem teve o cargo renomeado, porém continua com idênticas atividades, havendo ilegalidade no rebaixamento salarial e o não desconto em conta corrente de valores relativos a bolsa de estudos”, completou Renata Cabral.

Fonte: Contraf-CUT