Funcionários cobram da Cassi posicionamento sobre nova regra da ANS

19 de julho 2022
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) publicará em 1º de agosto, no Diário Oficial da União, a nova regra que determina que os planos de saúde não poderão mais limitar o número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. A Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil) ainda não se manifestou sobre a medida, aprovada no início de julho pela ANS e que passará a valer com a publicação.
“A atenção à saúde psicológica e até mesmo física dos bancários, com LER/DORT (Lesões por esforços repetitivos e Distúrbios Osteomusculares), é necessária e urgente. O fim da limitação do número de consultas para o tratamento desses problemas pela Cassi sempre foi uma reivindicação nossa”, aponta o coordenador da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil), João Fukunaga. A categoria está entre as mais afetadas por doenças do trabalho, fenômeno intimamente relacionado às pressões por metas, acúmulos de funções e a sobrecarga comuns à atual rotina do bancário.
Antes da decisão da ANS, os planos eram obrigados a conceder uma cobertura mínima, que variava de 12 a 18 sessões por ano, podendo chegar a 40 ao ano, dependendo do transtorno tratado. “Essa quantidade sempre foi insuficiente para a demanda real das bancárias e bancários”, ressalta João.
Segundo dados do INSS, compilados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico), entre 2012 e 2021, doença foi a maior razão de afastamento dos bancários, responsável por 74,3% dos casos, contra 25,7% por acidentes. Os adoecimentos mais comuns registrados foram depressão, ansiedade, estresse e LER/DORT. O Observatório de Saúde do Trabalhador, do Ministério Público do Trabalho, aponta ainda que a incidência de doenças mentais e tendinites entre bancários é de três a quatro vezes maior que a da média da população.
Fonte: Contraf-CUT