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Atos em todo o País demonstram força dos servidores na luta contra a reforma administrativa

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19 de agosto 2021

Este dia 18 de agosto entrou para a história de lutas dos servidores públicos do País com uma forte mobilização da categoria nas ruas e nas redes sociais, em defesa de um serviço público de qualidade, que está sendo atacado pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 32, que institui a reforma Administrativa elaborada pelo governo Jair Bolsonaro (ex-PSL). A hashtag #18ADiadeLuta esteve durante toda a quarta-feira entre os top trends do Twitter no Brasil.

Muito além da defesa da estabilidade dos servidores, que comprovadamente evita a possibilidade de corrupção como em casos, por exemplo, da compra da vacina Covaxin, em que um servidor público denunciou a tentativa de falcatrua por parte de membros do governo Bolsonaro, que atuavam no Ministério da Saúde, a luta também é em defesa dos empregos, contra as privatizações e demais pautas dos trabalhadores de todas as categorias.

Foram diversas mobilizações pela manhã e muitas outras durante a tarde em diversas cidades País afora. As maiores ocorreram nas capitais. É possível também acessar um mapa com as cidades em que ocorreram atos em todo o país. Neste outro link você confere as fotos e vídeos dos atos do Dia Nacional de Luta.

Pelo fim dos retrocessos

Se aprovada, a reforma administrativa vai desmontar o serviço público em áreas como saúde e educação, e quem vai pagar a conta serão os trabalhadores mais pobres que dependem desses serviços.

Essa é a razão da greve dos servidores públicos de todas as esferas, que foi reforçada por todas as categorias profissionais, com atos e mobilizações que colocaram em pauta também reivindicações urgentes como Auxílio Emergencial de R$ 600, medidas contra a fome, a carestia e os preços altos que estão estrangulando o orçamento das famílias brasileiras, incluindo o preço do gás de cozinha, energia elétrica e água. Manifestantes também exigiram celeridade na vacinação, fim do desemprego e das privatizações.

No ato realizado em frente à Câmara dos Deputados, em Brasília, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, reforçou que o governo Bolsonaro promove um desmonte sem precedentes no País.

“Nunca houve nenhum momento em que o P3, Pais crescesse sem planejamento e investimento puxado pelo Estado [...] Não é à toa que que um terço da população está desempregada, ou desalentada ou tem empregos precários. É uma tragédia”, disse Sérgio Nobre.

E, para ele, a PEC 32 nada mais é do o governo de continuar desmontando direitos trabalhistas – agora para os servidores – assim como se fez na inciativa privada com a reforma Trabalhista, que o governo ainda quer aprofundar, com outra medida, a MP 1045, que cria condições para precarizar ainda mais as relações de trabalho, inclusive com salário inferior ao mínimo.

Fonte: CUT Nacional