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Campanha reforça luta pelo fim da violência contra a mulher

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19 de novembro 2019

Começa nesta quarta-feira (20/11) - Dia da Consciência Negra – e vai até a 10 de Dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos) atividades realizadas no âmbito da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, lançada em 1991, nos Estados Unidos.

 A Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher é realizada desde 1991 em 130 países e se destaca nas seguintes datas:

 20/11 - Dia da Consciência Negra

 25/11 - Dia Internacional de Não-Violência contra as Mulheres

 1º/12 - Dia Mundial de Luta contra a Aids

 6/12 - Campanha Mundial do Laço Branco: Homens pelo fim da violência contra a mulher

 10/12 - Dia Internacional dos Direitos Humanos

O objetivo é promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. Este ano, na América Latina a Campanha foi unificada e tem como tema #UniSororidad Mulheres do Brasil, Argentina e Uruguai Junt@s no combate  à violência. Entidades brasileiras iniciam antes a mobilização para englobar o Dia da Consciência Negra, marco de resistência contra a opressão à população negra, especialmente, as mulheres negras, que têm suas vidas marcadas pela discriminação de gênero, raça e classe social.

Outra importante data no calendário dos 16 Dias de Ativismo e o dia 25 de novembro, “Dia Latino-americano de Não Violência Contra a Mulher”, instituído em 1999 pela ONU (Organização das Nações Unidas) para lembrar as “Mariposas”, brutalmente assassinadas em 1960 pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana. Dia 6 de Dezembro é o “Dia do Laço Branco”, que leva à reflexão pelo homem sobre o fim da violência contra a mulher.

Dados do Instituto Maria da Penha revelam que no Brasil, a cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal, que a cada 1,4 segundo surge uma vítima de assédio e por dia são registrados 180 casos de estupros no País.

Para Eunice Miyamoto, diretora do Sindicato dos Bancários de Londrina e secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Paraná, estas atividades precisam ser ampliadas para combater os retrocessos nas políticas públicas no Brasil e garantir os direitos da mulher enquanto mãe, companheira, esposa, trabalhadora e cidadã.

“Infelizmente, a cada dia aumentam os casos de violência contra a mulher, em especial o feminicídio, e os ataques neoliberais sacrificam de forma mais grave as trabalhadoras, como no caso da reforma da Previdência”, aponta Eunice, lembrando que o aumento da idade mínima levará a mulher a demorar mais tempo para poder se aposentar.

“O governo e o Congresso Nacional aprovaram essa reforma e não levaram em conta a dupla jornada da mulher, nem mesmo a sua fragilidade em relação ao homem, aprofundando assim as desigualdades no mundo do trabalho”, observa.

Por Armando Duarte Jr.