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Sindicato de Londrina paralisa seis agências do banco espanhol no Dia Nacional de Luta

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19 de dezembro 2013

Nesta quinta-feira (19/12), Dia Nacional de Luta dos funcionários do Santander, o Sindicato de Londrina está paralisando o expediente das seis agências do banco espanhol localizadas no Centro da cidade. "Queremos Natal e Ano Novo sem demissões" é o lema desta mobilização organizada pela Contraf-CUT.

De janeiro a setembro deste ano, o Santander fechou 3.414 postos de trabalho no Brasil, agindo na contramão da economia do país, que gerou 1,3 milhão de novas vagas. Entre setembro de 2012 e 2013 as demissões no banco sobem para 4.542.

Dirceu Quinelato, diretor do Sindicato de Londrina e integrante da COE Santander afirma que a redução do quadro não tem justificativa. "O Santander obteve lucro líquido de R$ 4,3 bilhões entre janeiro e setembro deste ano. Este resultado representou 24% do lucro global, demonstrando que o mercado brasileiro é o melhor em relação aos demais países onde o banco opera"    , argumenta.

De acordo com Dirceu, ao mesmo tempo em que aposta no corte de pessoal e na rotatividade para reduzir despesas, o banco paga fortunas aos altos executivos. "Nos últimos quatro anos o ganho médio anual de um diretor do Santander aumentou 67% no Brasil, chegando ao montante de R$ 7,915 milhões. É muito dinheiro para uma empresa que defende as demissões em massa para cortar gastos", observa.

Para Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato de Londrina, falta respeito do banco espanhol com os trabalhadores brasileiros. "Neste período de festas, de espírito natalino, os funcionários do Santander não querem peru, nem panetone nem presentinhos do banco, mas sim a garantia de que estarão com seus empregos preservados no próximo ano", aponta Wanderley, defendendo mudanças no atual modelo de gestão do Santander para acabar com o processo de demissões em massa e assegurar tranquilidade e condições de trabalho aos bancários e bancárias.

Por Armando Duarte Jr.