GT de Saúde debate com banco Programa de Retorno ao Trabalho

20 de julho 2017
Integrantes do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde e Condições de Trabalho do Itaú Unibanco se reuniram ontem (18/07), em São Paulo, para tratar dos assuntos pendentes da última reunião, dentre os quais se encontram a resposta às reivindicações do movimento sobre o Programa de Retorno ao Trabalho/Readaptação. Na reunião, o banco entregou um documento com essa resposta, que será avaliado pelos membros da COE (Comissão de Organização dos Empregados).
Segundo Kelly Menegon, secretária de Saúde do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE Itaú, nas propostas apresentadas pelo banco está um dos principais problemas do Programa de Readaptação instituído pelo banco, que é a não participação do movimento sindical.
CAT
O movimento sindical avaliou que quase não existe emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) pelo banco. Por isso, solicitou o fluxo de CATs de 2016 e 2017 ao banco. Após a entrega do documento, o GT solicitou a estratificação dos dados por tipo e CID.
“Esta informação é muito importante para verificar o real grau de adoecimento entre os bancários e bancárias do Itaú. Sem ela, o número de acidentes de trabalho do banco é muito inferior ao que verificamos nos demais bancos”, salienta Kelly.
Prontuário Médico
O GT reivindicou ao banco a entrega do prontuário médico, que é direito dos trabalhadores. Também foram colocadas em questão denúncias de médicos que se recusaram a entregá-lo. Devido às denúncias, o banco informou que será responsável pela emissão do prontuário via correio para o trabalhador que solicitar.
Clínicas credenciadas
Os dirigentes sindicais denunciaram irregularidades dos prestadores e dos médicos de clinicas credenciadas sobre a omissão da emissão da ASO (Atestado de Saúde Ocupacional), informações incorretas, entre outros.
O banco informou que se constatar a veracidade das denúncias poderá descredenciar clínicas, conforme caso ocorrido no Paraná. De acordo com o Itaú, o trabalhador poderá denunciar de forma anônima esse tipo de irregularidade.
Na reunião foi relatado um caso do Rio de Janeiro, no qual o banco contratou a Federação das Indústrias, o que tem ocasionado diversos transtornos aos funcionários que precisam dos serviços, tanto na falta de autonomia dos médicos que atendem, quanto no desconhecimento do ambiente de trabalho por parte dos médicos.
No final do encontro os representantes dos trabalhadores deixaram claro para o Itaú que estão encontrando problemas em relação ao processo de afastamento/licenciamento dos trabalhadores que atualmente se encontra na mão dos gestores.
“Não concordamos com esse encaminhamento, porque o gestor não tem preparo e nem mesmo tempo para acompanhar esse processo, além do que o funcionário não tem como se informar a respeito do que for decidido sobre sua carreira no banco”, questiona a diretora do Sindicato de Londrina.
O GT e a COE irão avaliar o documento entregue pelo banco com respostas às reivindicações.
Fonte: Contraf-CUT