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Banco nega avanços e não assina garantias contra a reforma trabalhista

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20 de julho 2018

A postura da Caixa Econômica Federal na rodada de negociação realizada nesta sexta-feira (20/07), em Brasília, ressalta a necessidade de construir uma ampla mobilização no Dia Nacional de Luta em Defesa do Plano de Saúde, agendado para quarta-feira (25/07).

Os representantes dos bancos foram duros em relação aos pontos da pauta abordados, que foram a respeito dos temas nenhum direito a menos, Caixa 100% Pública e outras demandas relacionadas ao dia a dia dos empregados e empregadas.

A CEE (Comissão Executiva dos Empregados) cobrou o fim da discriminação de gênero, através do fim da possibilidade do descomissionamento de gestantes, além da manutenção da titularidade da função pelos empregados doentes na licença médica.

Foi reivindicada também que a Caixa garanta ampla defesa nos processos disciplinares, não punindo os trabalhadores antes do fim do processo. Atualmente, o trabalhador que recorrer corre o risco de ter a pena piorada.

O movimento sindical cobrou o fortalecimento da negociação permanente e um debate com todos os seguimentos dos empregados da carreira administrativa e profissional, durante a mesa permanente da Contraf-CUT, que representa mais de 90% dos Bancários. Ficou acordado de ser no fórum nacional. É importante lembrar que as conquistas foram conseguidas na mesa de negociação da Contraf-CUT. A exemplo do que foi feito sobre o fim do descomissionamento arbitrário, quando foram debatidos 12 pontos com os comissionados e os avaliadores de penhor, que foram representados na mesa por associação, e entregaram uma pauta específica, que também foi discutida na ocasião.

Sem garantias dos direitos

Na reunião de negociação específica, a CEE cobrou ainda garantia de um delta por ano por antiguidade dos empregados. A Caixa negou, no entanto, aceitou a manutenção do atual modelo, que cada dois anos garante um delta de antiguidade e todo ano a discussão da sistemática por mérito.

A respeito do tema nenhum direito a menos, a Caixa afirmou que não aceita se comprometer em garantir nada contra as novas leis trabalhistas e disse que vai seguir a regra de PLR da Fenaban. Para piorar o debate, o banco alegou também que não tem autorização do pagamento da PLR social, conquista adicional que serve como valorização para os empregados e empregadas sobrecarregados de serviços por conta das últimas reestruturações.

A direção do banco informou ainda que o limite da soma da PLR está limitado pelo governo Michel Temer (MDB). A regra mencionada seria 25% do que for pago de dividendos no tesouro. Com base nos últimos anos, fica em  6,25 % do lucro líquido. A Caixa se colocou como responsável das condições de saúde do ambiente de trabalho. O banco garantiu que os dirigentes sindicais terão livre acesso aos locais de trabalho, que não será constituída comissão de representantes de empregados não vinculadas ao Sindicato e não será limitada nem cerceada a liberdade de expressão dos Sindicatos e dos trabalhadores.

Porém, não garantiu a abrangência que o Acordo Coletivo de Trabalho valha pra todos os empregados e empregadas, não assinou o Pré-acordo de ultratividade e negou ainda o fim do Caixa Minuto.

Sobre a Caixa 100% Pública, o banco negou contratação em todos os itens.

A CEE cobrou ainda o não fechamento de unidades, principalmente em cidades e bairros periféricos. A Caixa disse que o processo está suspenso.

Os dirigentes das entidades sindicais cobraram a redução imediata das taxas de juros e das tarifas. A Caixa colocou que está seguindo a política e a taxa está ligada a necessidade do banco. Os empregados disseram, então, que a necessidade vai além do lucro imediato e sim responsabilidade social com o País.

Fonte: Contraf-CUT