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Dia de Luta em Londrina busca apoio da população pelo fim das demissões e contra fechamento de agências

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21 de maio 2014


Durante as manifestações, o Sindicato de Londrina distribuíram material informativo e buscaram apoio da população por contratações e suspensão
do fechamento de agências

Hoje (22/05) é Dia de Luta no Santander em Londrina. Diretores do Sindicato realizaram atividades em cinco agências do banco localizadas na região central e nas Avenidas Bandeirantes e Tiradentes para denunciar a política de redução de custos desencadeada nos últimos meses e que já custou o corte de seis funcionários este ano na cidade e um total de 970 no país nos três primeiros meses do ano.

Nas atividades, o Sindicato também está recolhendo a adesão de clientes e usuários no abaixo-assinado que cobra do Santander o fim das demissões em massa, mais contratações e a suspensão do processo de fechamento de agências.


Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato
de Londrina, criticou a forma como o Santander
trata os funcionários brasileiros

No final da manhã foi realizada uma concentração em frente à agência Centro do Santander, localizada no Calçadão de Londrina, para ressaltar o protesto contra o desrespeito do banco espanhol com os brasileiros.

“Este ano, o banco já fechou duas agências em Londrina, uma localizada na Avenida Higienópolis e a que antigamente abrigava o Banco Meridional. O resultado disso é mais sobrecarga de serviços para as outras unidades, pois o número de clientes continua o mesmo e o quadro de pessoal vem sendo reduzido a todo momento”, critica Dirceu Quinelato, diretor do Sindicato de Londrina e integrante da COE Santander.

Segundo Dirceu, nos últimos 12 meses o banco fechou 4.833 postos de trabalho e encerrou as atividades de 150 unidades no país, sendo 58 apenas no primeiro trimestre de 2014. “Em função disso, o Santander liderou por oito meses no ano passado o ranking de reclamações dirigidas pelos clientes ao Banco Central e manteve o primeiro lugar nos três primeiros meses deste ano”, acrescenta.

Dinheiro de sobra para os executivos

Enquanto reduz o quadro de funcionários e fecha agências para conter despesas, embora tenha obtido lucro líquido de R$ 5,744 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o Santander não mede esforços para pagar salários milionários aos seus executivos.

A remuneração total dos 46 integrantes da diretoria executiva do Santander Brasil terá um aumento de até 48,3% em 2014. Com isso, eles poderão ganhar até R$ 324,1 milhões este ano.

“Esta postura discriminatória é a característica marcante do Santander desde que chegou ao nosso país. Na ânsia de elevar cada vez mais os lucros exorbitantes, obtidos à custa da exploração de funcionários e clientes, o banco e está querendo economizar até mesmo com o cafezinho, bebedouros e, pasmem, com papel higiênico”, revela Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato de Londrina.

Wanderley afirma que por conta dessa política equivocada o Santander tem sido alvo de manifestações em diversas regiões do país, que integram a Jornada Nacional de Luta lançada pela Contraf-CUT.

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR