Dirigentes sindicais de todo o país, representando bancários e bancárias do HSBC e do Bradesco participaram de reunião nesta terça-feira (21/06), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para definir uma pauta conjunta de reivindicações.

As bases do Vida Bancária foram representados nesta reunião das COEs pelos diretores do Sindicato de Londrina, Ana Claudia Ribeiro e Valdecir Cenali.

Segundo Ana Claudia, representante do Vida Bancária na COE Bradesco, na ocasião foram definidas as estratégias dos funcionários dos dois bancos na rodada de negociação que ocorrerá amanhã (22/06), na sede do Bradesco, em Osasco, na grande São Paulo.

“Além da questão da garantia dos empregos, temos várias reivindicações específicas dos dois bancos, sobre as quais há muitas expectativas no sentido de serem atendidas no processo de fusão que está em curso”, salienta.

A aquisição do controle acionário da filial do HSBC no Brasil pelo Bradesco foi aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no último dia 8 de junho sem que fosse prevista qualquer orientação voltada para a manutenção dos empregos nas duas instituições financeiras.

“Essa falta de amparo na decisão do Cade gera preocupação, pois no primeiro trimestre deste ano, o Bradesco cortou 1.466 postos de trabalho, isto porque a direção do banco garantiu ao movimento sindical que não faria cortes em função da aquisição do HSBC”, afirma Valdecir Cenali, representante do Vida Bancária na COE HSBC.

Valdecir lembra que além do futuro dos bancários e bancárias do Bradesco, essa transação deixa em dúvida o destino de 18 mil trabalhadores que o HSBC tem no país, sem contar o pessoal indireto, fornecedores e as receitas geradas pelo banco atualmente nas localidades em que atua.

“Só em Curitiba, onde estão localizados os Centros Administrativos do banco inglês, são 6 mil funcionários que correm o risco de perder seus empregos. É preciso levar em conta ainda o impacto da massa salarial que está em jogo, além do sustento de suas famílias”, alerta.

Por Armando Duarte Jr.