CCT garante zeramento da inflação em setembro e 1% de aumento real

21 de junho 2017
Com a proximidade da data base, 1º de setembro, a categoria bancária já está querendo saber como ficarão os salários e demais verbas econômicas este ano, já que a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) celebrada em 2016 com a Fenaban, bem como os Acordos Aditivos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, tem vigências de dois anos.
Pois bem: este ano não haverá negociação com os bancos em torno do reajuste salarial, porque a alínea “b” da CCT 2016/2018 estabelece que em 1º/09/2017 os salários praticados em 31/08/2017 serão reajustados pelo INPC/IBGE acumulado de setembro de 2016 a agosto de 2017, acrescido de 1% de aumento real.
Dessa forma, os salários de setembro dos bancários e bancárias virão com o índice do INPC, assim como as demais verbas.
Clique no link para ler a Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2018.
PLR
Em relação à PLR (Participação nos Lucros e Resultados) o procedimento será o mesmo dos salários. Os valores da Regra Básica, da PLR Adicional e os limites serão reajustados com base na variação da inflação calculada desde a última data base (INPC/IBGE), com mais 1% de aumento real.
A primeira parcela da PLR deverá ser paga pelos bancos até o dia 30/09/2017 com os novos valores. A segunda parcela será creditada até 1º/03/2018.
Apesar das cláusulas econômicas já estarem definidas na CCT, os procedimentos para construção da Campanha 2017 estão sendo encaminhados e já ocorreu o Encontro Nacional dos Bancos Privados, estão sendo realizados os Encontros dos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, além as Conferências que definirão as reivindicações sociais da categoria para este ano.
Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina afirma que mesmo estando asseguradas as demandas econômicas é preciso manter a mobilização dos bancários e bancárias para avançar nas cláusulas sociais, que envolvem a suspensão dos cortes nos bancos, condições de trabalho, saúde e fim das metas abusivas, dentre outros assuntos.
“A prioridade nas negociações com a Fenaban é a questão do emprego, levando em conta o elevado número de fechamento de postos de trabalho no setor e a prática da rotatividade. Temos que lutar pelo fim das demissões em massa e por mais contratações para reverter os problemas resultantes das reestruturações realizadas pelos bancos”, defende.
Por Armando Duarte Jr.