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Greve já atinge 12.603 agências e 35 Centros Administrativos em todo o Brasil

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21 de outubro 2015

A greve nacional da categoria bancária continua a crescer. Nesta quarta-feira (21/10), no 16º dia de movimento, 12.603 agências e 35 Centros Administrativos paralisaram suas atividades nos 26 Estados e no Distrito Federal. É a maior paralisação de agências desde o início das mobilizações, em 6 de outubro.

O Comando Nacional dos Bancários está reunido com a Fenaban no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, para continuar as negociações recomeçadas ontem, quando foi rejeitada a proposta de reajuste de 7,5% e retirada do abono de R$ 2.500,00 oferecido anteriormente pelos bancos.

A revolta da categoria cresce junto com a greve. E não é à toa. Os cinco maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) alcançaram, juntos, o lucro de R$ 36,3 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Na contramão dos lucros exorbitantes, de janeiro a agosto de 2015, foram fechados 6.003 postos de trabalho no setor financeiro, segundo um estudo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

O saldo negativo do período resultou de 23.807 admissões contra 29.810 desligamentos. De acordo com a análise por Setor de Atividade Econômica (CNAE) os cortes de empregos estão concentrados nos Bancos Múltiplos com Carteira Comercial, categoria que engloba grandes instituições como Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC e Caixa que, sozinha, respondeu pelo corte de 2.261 postos de trabalho em oito meses. Já os outros bancos, juntos, foram responsáveis por 3.793 demissões no mesmo período.

Fonte: Contraf-CUT