Seguindo a receita neoliberal do governo Michel Temer (PMDB), o Banco do Brasil anunciou ontem (20/11) um plano de reestruturação que tem por objetivo enxugar sua estrutura administrativa por meio do fechamento de 781 agências, de 31 Superintendências Regionais, a extinção de três diretorias e o lançamento de um novo programa de incentivo à aposentadoria aos funcionários.

A meta, segundo divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, é economizar R$ 750 milhões com as medidas a serem implementadas em 2017. Também está prevista a abertura de 255 agências digitais e mais investimentos para que os clientes passem a fazer suas operações pelos canais virtuais.

Para a presidenta do Sindicato de Londrina, Regiane Portieri, essa reestruturação demonstra a intenção do governo de mudar o papel do BB para que passe a atuar como os bancos privados.

“A reestruturação surge pouco tempo depois de Temer ter declarado que o BB tem muitos funcionários, insinuando que tem gente demais no banco, quando na verdade a falta de pessoal nas agências é gritante. Vamos acompanhar de perto as mudanças e preparar a mobilização para impedir o corte de direitos nesse processo”, garante Regiane.

Segundo informou a Folha, o Plano de Apoio à Aposentadoria deverá atingir cerca de 10 mil funcionários e funcionárias que já estão aptos a requerer este direito, mas continuam trabalhando.

Eles terão prazo até o dia 9 de dezembro para aderir ao Plano, e deverão receber um bônus de 12 salários, além de indenização por tempo de serviço, que pode variar entre um e três salários.

Por Armando Duarte Jr.