COE discute com Santander o agravamento da pandemia

22 de janeiro 2021
A COE Comissão de Organização dos Empregados) do Santander se reuniu nesta sexta-feira (22/01) com representantes do banco para discutir questões relacionadas ao agravamento da pandemia da Covid-19. A COE reivindicou a retomada do trabalho em regime de teletrabalho, com rodízio das equipes, visando reduzir a aglomeração nos locais de trabalho, bem como um aditivo ao atual acordo de horas negativas.
O Santander se recusou a discutir mudanças no teletrabalho. Uma nova reunião foi marcada para quinta-feira (28) para definir uma posição sobre o banco de horas negativas.
“Vários trabalhadores dizem que o clima dentro do banco está normal. Os gestores não sabem o que fazer quando alguém da equipe está com suspeita de Covid-19. Há demora na tomada de decisão, o que pode implicar na morte de trabalhadores”, alertou Mario Raia, secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) na COE.
“O banco se recusou a discutir a retomada do home office e reduzir o trabalho presencial. O Santander diminuiu as equipes de rodizio. Nos surpreende que o banco tenha alta taxa de trabalhadores no presencial. Vamos começar a responsabilizar o Santander pelas coisas que estão acontecendo em um momento em que a pandemia se agrava e aumenta o número de mortes pela doença. Na quinta-feira voltaremos a discutir. Queremos falar sobre o banco de horas negativas. Por enquanto, essa discussão está suspensa”, disse a coordenadora da COE, Lucimara Malaquias.
Visitas externas
A COE cobrou dos representantes do banco o fato dos funcionários serem pressionados a fazer visitas presenciais a clientes. Os representantes do banco disseram que a orientação é para as visitas a clientes serem feitas por vídeo e só ocorram casos de visitas presenciais “quando é essencial”. Também foi apontado pela COE que o protocolo de ações contra a Covid-19 não está sendo cumprido em diversos locais de trabalho e que as recomendações e orientações acabam tendo interpretações diferentes pelos gestores.
Fonte: Contraf-CUT